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Missão europeia aprova sistema de rastreabilidade brasileiro

"As visitas aos estabelecimentos (frigoríficos e propriedades rurais) habilitados à exportação de carne bovina in natura para a União Europeia nos permitem concluir que o sistema dá garantias quanto ao registro, controle, identificação e inspeção dos animais e seus produtos. Confiamos no Sistema Brasileiro de Certificação Sanitária." A afirmação é do chefe da Missão do Escritório de Alimentação e Veterinária da União Europeia (FVO, sigla em inglês), Joergen Alveen, que participou de reunião final, nesta segunda-feira (15), em Brasília.

“As visitas aos estabelecimentos (frigoríficos e propriedades rurais) habilitados à exportação de carne bovina in natura para a União Europeia nos permitem concluir que o sistema dá garantias quanto ao registro, controle, identificação e inspeção dos animais e seus produtos. Confiamos no Sistema Brasileiro de Certificação Sanitária.” A afirmação é do chefe da Missão do Escritório de Alimentação e Veterinária da União Europeia (FVO, sigla em inglês), Joergen Alveen, que participou de reunião final, nesta segunda-feira (15), em Brasília.

O objetivo da missão, que permaneceu no Brasil entre os dias 2 e 15 de março, foi avaliar o atendimento às recomendações da missão do FVO que esteve no País em 2009, quando avaliou os procedimentos implantados para atender aos requisitos sanitários para exportação de carne bovina in natura para a União Europeia.

Em relação aos frigoríficos visitados, Alveen afirmou que os controles nos estabelecimentos, especialmente a inspeção ante e post-mortem e a rastreabilidade da carne, estavam sendo realizados de acordo com os requisitos europeus. “Na verificação do certificado oficial constatamos, também, novas medidas implantadas pelos fiscais, em fevereiro, como a inclusão do código de autenticidade nos certificados sanitários nacionais. Isso garante a rastreabilidade de todo o processo produtivo”, enfatizou.

Para o secretário de Defesa Agropecuária, Inácio Kroetz, as considerações dos representantes do bloco europeu mostram o restabelecimento da confiança no sistema brasileiro de certificação sanitária. “Sempre trabalhamos para cumprir os acordos firmados, o que nos confere a credibilidade dos 180 países para os quais exportamos produtos agropecuários”, destaca.

Ao longo de duas semanas, a equipe do FVO avaliou o sistema de rastreabilidade em vigor (Instrução Normativa Nº 17/2006) e ainda debateu a proposta de alteração das normas operacionais do Sistema de Identificação e Certificação de Bovinos e Bubalinos (Sisbov), que esteve em consulta pública entre dezembro de 2009 e janeiro de 2010. “Antes de qualquer mudança tudo será testado em projeto piloto nas propriedades representativas do sistema produtivo nacional. Entre os pontos definidos para o novo sistema estão o acesso direto dos produtores à base de dados, sem intermediação das certificadoras e a integração dos sistemas de controle”, explica o diretor de Programas da Área Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária, Márcio Rezende.

Na reunião com o grupo europeu, Kroetz anunciou que o Brasil terá, a partir deste ano, oito adidos agrícolas que vão atuar em países estratégicos na prospecção e difusão do agronegócio brasileiro. O engenheiro agrônomo, Odilson Ribeiro, assumirá o posto em Bruxelas. “A expectativa é implementar a cooperação entre Brasil e União Europeia em diversas áreas e, para a SDA, o foco será as áreas sanitárias e fitossanitárias”, informou. Ribeiro é experiente servidor, já exerceu os cargos de secretário substituto de Defesa Agropecuária e diretor de Sanidade Vegetal do Ministério da Agricultura.

A missão da União Europeia visitou nove propriedades em seis estados: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul. O envio do relatório europeu e os comentários brasileiros seguirão o procedimento normal estabelecido para missões do FVO. “Sem dúvida, o nosso principal mercado é o consumidor brasileiro, embora exportemos nossos produtos para dezenas de países. Sendo assim, essas missões de inspeção contribuem para que a população do nosso País e também dos mercados importadores, ao adquirir alimentos com certificação brasileira, tenha a garantia da sua qualidade”, finaliza Kroetz.

As informações são do Mapa, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. DIOVANE COSTA RODRIGUES disse:

    Bom dia pessoal , estou no sul de Santa catarina, onde hoje todos nossos animais sao brincados , estamos com muita dificuldade de movimentar nossos animais por conta da burocracia da Epagri-SC , Minha pergunta e se a rastriabilidade e opcional nesses estados ,onde a na verdade producao para consumo interno e externo , e de que forma e retirado os GTA – Guia de trafego de Animais nos estados acima descritos , aqui estamos sendo obrigados a apresentar bloco de produtor e emitir nota em qualquer transferencia , aqui todos sao obrigados a informa nascimento e morte de animais , esta no projeto que para apresentar a morte dos animais temos que ir a uma delegacia e fazer um B.O , temos produtores na nossa regiao que esta perdendo uma manha para registrar morte e nascimento em suas pequenas propriedades . Como esta sendo obsevado essa atitude em Santa catarina , no mais muito obrigado.

    diovane rodrigues
    Leiloero Rural – FAESC – Matricula 029

  2. Henrique de Freitas Tavares disse:

    Chegou a hora de nós pecuaristas, frigoríficos, etc. mostrarmos para a União Européia o quanto é competitiva e confiável (rastreada) a nossa carne brasileira.

    A CNA, MAPA, ABIEC, ASSOCIAÇÕES DE RAÇAS e SIC deveriam fazer uma enorme propaganda da nossa carne a nivel Europeu e Outros Paises importadores de carnes bovinas para apagar a imagem negativa que o Brasil tem lá fora em relação a nossa carne e com isto voltar os preços da arroba aos níveis de dois anos atrás.

  3. Claudecir Mathias Scarmagnani disse:

    Dr Inácio Kroetz.

    Sem dúvidas este é o melhor resultado do trabalho sério que vossa equipe desempenha.
    Parbéns a todos, este é o caminho a continuar percorrendo.
    Vamos em frente.

  4. Márcio Vinícius Ribeiro de Moraes disse:

    Prezados leitores,

    É importante ressaltar que o título dessa matéria “Missão européia aprova sistema
    de rastreabilidade brasileiro”, refere-se ao sistema atual do Sisbov, baseado na Instrução Normativa N.17 em vigor, e que nunca houve na história do Mapa, uma auditoria dos europeus que pode constatar que a pecuária brasileira, possui um sistema impecável de rastreabilidade e certificação, embora seja de fato muito trabalhoso.

    Fala-se a todo o momento em acabar com as certificadoras como se fossem as verdadeiras vilãs do sistema de rastreabilidade brasileiro, mas ninguém se lembra de quando tínhamos um sistema maleável e fácil de fazer (IN 21), que ninguém cumpria e por isso passamos vários carões durante as missões, até chegarmos a um embargo total da carne brasileira. Se chegamos aonde chegamos, se reconquistamos a credibilidade com os europeus, foram frutos de muito trabalho realizados no campo e nos escritório das certificadoras, os produtores que estão hoje habilitados na Lista Tracem sabem do que estou falando.

    Estados Unidos, Uruguay, Paraguay, Canadá e outros países, tentaram implantar uma rastreabilidade obrigatória e totalmente realizada pelos órgão governamentais, não obtiveram sucesso algum, foi um verdadeiro fracasso, tanto é prova disso que todos os países citados já vão para segunda e/ou terceira versão de um novo sistema de rastreabilidade.

    É bobagem afirmarmos que no Brasil vai ser diferente, como o secretário Inácio mesmo falou em uma de suas apresentações e continua afirmando …”É de fundamental importância que o MAPA trabalhe em parceria com a iniciativa privada”… É por esse tipo de afirmação que as empresas parceiras do Mapa continuam acreditando e investindo no sistema.

    Suinocultura

    Em notícia a missão européia comenta que “a UE vai manter a importação de carne bovina do Brasil sem alterações”, disse uma fonte ligada a UE. Porém, no caso da carne suína vai ser bem diferente, segundo a missão, o sistema de vigilância destes produtos não foi suficiente. Nesta missão, especialistas comunitários detectaram deficiências em aspectos como a identificação dos animais e seu acompanhamento em todas as fases da cadeia alimentícia, ou seja, não há identificação individual, não há rastreabilidade.

    Bruxelas insiste que o Brasil não terá autorização para exportar sua carne suína para a UE até que a Comissão Europeia confirme uma aplicação “satisfatória” de um plano de ação por parte das autoridades do país que dê garantias suficientes nesse sentido.

    Pelo que tudo indica, mesmo que os controles sanitários sejam bons na suinocultura, a UE também exigirá que os suínos sejam identificados individualmente, e que tenham uma base de dados, e que sejam certificados. O que eles estão exigindo chama-se rastreabilidade.

    Parabéns as equipes que acompanharam a missão européia nas fazendas e nas indústrias, aos produtores, aos fiscais agropecuários federais, e principalmente as certificadoras.

  5. RODOLFO RAINERI disse:

    Parabéns Brasil!
    Congratulações principalmente a todos os produtores brasileiros que acreditaram firmemente no SISBOV, apesar da desconfiança de tantos. Congratulações também aos funcionários públicos estaduais, ligados aos órgãos de defesa, e federais, ligados ao Ministério da Agricultura, principalmente àqueles lotados nas Superintendências Federais de Agricultura, cujo fardo de levar adiante este processo teve um peso por vezes sobre-humano. E finalmente, congratulo-me com meus colegas, representantes de empresas certificadoras credenciadas no Sisbov. Principalmente daquelas que vêm trabalhando sério e duramente para o bom funcionamento do atual sistema (IN 17) e que, com respeito absoluto à legislação e fidelidade ao Termo de Compromisso que assinaram com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, colaboraram decisivamente para que a pecuária de corte brasileira alcançasse esse patamar.
    Parabéns a todos!

    Rodolfo Raineri
    GR Rastreabilidade Animal.

  6. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    Confirmado o que se esperava: reconhecimento do imenso avanço no programa brasileiro de rastreabilidade bovina.

    Decido-me como produtor e como fornecedor de softwares especificos a implantação da rastreabilidade bovina desde 2002 e sei bem como melhoraram os controles sobre os rebanhos.

    Um novo salto esta sendo dado pelos produtores mais tecnificados, que usam cada vez mais os alicerces da rastreabilidade para melhorar a gestão de suas propriedades.

    Att,

  7. Mario Ribeiro Paes Leme disse:

    Que assim sejamos também lembrados, antes que nos apareçam mais algumas mudanças,sem pé nem cabeça.

  8. Márcio Rodrigues disse:

    A Missão UE esteve no confinamento da Fazenda Planura em Aruanã/GO, parabenizo o Renato (responsável pelo ERAS) pelo excelente trabalho sério realizado.

    PARABÉNS A TODOS!!!

    Abraços

    Márcio

  9. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    Pela primeira vez o sistema brasileiro de rastreabilidade – SISBOV – recebe elogios públicos da UE após a conclusão dos trabalhos da missão responsável pela avaliação da qualidade dos nossos controles. Parabéns a todos, pecuaristas, certificadoras, frigoríficos, órgãos de defesa agropecuária estaduais e Ministério da Agricultura, que trabalharam duro para reconquistar a confiança deste importante mercado para nossa carne.

    Acredito que agora, com a credibilidade conquistada, possamos avançar na simplificação de alguns aspectos do processo sem colocar em risco a sua segurança e a manutenção de importantes mercados compradores de nosso produto. Precisamos nos ater aos fundamentos e “varrer” os “enxertos” desnecessários do sistema.

  10. Roberto Ferreira da Silva disse:

    Que o sistema continui como está. Chega de brincar conosco produtores rurais. APRENDEMOS e FICAMOS BONS !!!

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