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Ministro uruguaio considera “difícil” que jovens permaneçam em áreas rurais

Durante sua visita a Graziano da Silva, Diretor Geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), Enzo Benech – Ministro da Pecuária, Agricultura e Pesca do Uruguai – considerou como central o tema “conscientização agrícola”, enquanto entre outras considerações mencionou o desafio da migração da população rural “que vai para as cidades” e considerou “difícil” que os jovens permaneçam em áreas rurais e “mais difícil, conquistar um jovem na cidade para voltar ao campo”.

Benech disse que “a questão que levantamos como governo foi a necessidade de trabalhar na consciência agrícola”.

A reunião foi realizada na segunda-feira em Roma a pedido de Benech, porque ele não pode participar da Conferência Regional da FAO realizada em março na Jamaica.

A consciência agrícola, explicou o ministro uruguaio, é “a visão que a sociedade tem do trabalho agropecuário”.

Precisamente, ele disse que no Uruguai foi detectado que a imagem que o resto da população tem desse setor não é “positiva”.

“Isso nos preocupa muito, especialmente se tivermos que alimentar um mundo em crescimento”, acrescentou o uruguaio, referindo-se à necessidade de aumentar a produção de alimentos internacionalmente.

Benech também mencionou o desafio da migração da população rural “que vai para as cidades” e considerou “difícil” para os jovens permanecerem no meio rural e “mais difícil, atrair um jovem na cidade para voltar ao campo.”

Segundo ele, “qualquer política que tente alimentar uma população mundial em crescimento, que tente desenvolver a atividade agrícola, especialmente a produção familiar, precisa que essa atividade seja bem vista e precisa de uma cultura agropecuária”.

Continuou dizendo que “a atividade agropecuária é frequentemente vista como responsável por problemas ambientais”, e que este é o ponto de união entre o que ele propôs ao diretor-geral e o que o diretor geral propôs a ele durante a reunião, realizada na sede da FAO.

“O aumento da atividade agropecuária não pode ficar sem a incorporação de tecnologia, não há atividade humana que não impacta o meio ambiente, a questão é como gerimos esses riscos e como produzimos mais alimentos cuidando do meio ambiente. É a responsabilidade que sentimos e do que viemos tratar”.

Uruguai, um bom exemplo

O ministro uruguaio disse que Da Silva disse durante a reunião que o Uruguai, que é um país pecuário com um importante desenvolvimento da produção florestal, “é um bom exemplo” porque a floresta nativa aumenta, mas também o reflorestamento, a quantidade é estável de cabeças de gado e aumenta a produção de carne.

“As coisas que são vistas como negativas em primeiro lugar são o contrário, geram sinergias que beneficiam a sociedade”, disse Benech.

O Uruguai já está trabalhando com a FAO e o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) na questão da conscientização agropecuária, mas o ministro pretende ampliar a colaboração para acelerar os avanços nessa área.

“Com a comunicação podemos atingir um certo público, mas temos que pensar nas gerações futuras e temos que chegar aos idosos através das crianças, e é por isso que estamos pensando que temos que trabalhar com os educadores, que são os que formam crianças, você tem que trabalhar com os materiais onde as crianças estudam, você tem que mostrar, não só com vídeos, mas tem que mostrar na realidade o que é a atividade agropecuária.”

Fonte: El Observador, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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