Em Nanjing, na China, ao participar do 7º Encontro de Ministro da Agricultura do grupo dos BRICS, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, propôs nesta sexta-feira (16) que o Plano de Ação 2017-2020 do bloco estabeleça um grupo de trabalho para o monitorar e apresentar propostas que ampliem o fluxo de comércio e de investimento agropecuário e agroindustrial.
“Precisamos nos esforçar para sairmos deste encontro com diretrizes para atingir resultados que beneficiem as populações que representamos. É fundamental contarmos com mecanismo para superar barreiras ao comércio”, afirmou.
“Nesse grupo de trabalho, espero discutir temas, como questões sanitárias e fitossanitárias, regras mais flexíveis e oportunidades de negócio entre as empresas do setor”, disse o ministro Maggi.
Para fortalecer o BRICS (formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), na área agrícola, é necessário, além de intensificar a cooperação, promover a inovação, acrescentou.
“Quero destacar a importância de colaborarmos mais intensamente na promoção da pesquisa, pois isso é fundamental para o sucesso de nossos produtores.”
Maggi falou também sobre a mudança de comportamento em relação ao meio ambiente. “Deixamos de ser um país que desmatava para extrair madeira ou que vivia de ciclos monocultores de cana de açúcar, café e borracha, para ser um dos líderes mundiais em setores como açúcar, café, suco de laranja, soja, carnes, milho, celulose e tantos outros, cuidando da natureza”.
O ministro propôs ainda criar um fórum empresarial agrícola do BRICS. Defendeu um padrão de comércio agrícola “mais aberto e equilibrado”. Considerou que é possível cooperar também na coordenação de posicionamentos nos fóruns multilaterais para garantir ganhos comuns. E lembrou a criação do Banco de Desenvolvimento dos BRICS, “importante instrumento para financiar projetos agropecuários inovadores”.
Fonte: Mapa, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.