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Ministro boliviano diz: brasileiros não terão problemas

O ministro de Desenvolvimento Rural da Bolívia, Carlos Romero, disse, em entrevista à BBC Brasil, que a nova lei que limita as propriedades rurais em 5 mil hectares (50 km²) entrará em vigor imediatamente e que os brasileiros, donos de fazendas no país, "não terão maiores problemas". Esta limitação das terras foi submetida à referendo popular neste domingo, na mesma eleição que ratificou o projeto da nova Constituição com 60% dos votos, segundo resultados de pesquisas de boca de urna.

O ministro de Desenvolvimento Rural da Bolívia, Carlos Romero, disse, em entrevista à BBC Brasil, que a nova lei que limita as propriedades rurais em 5 mil hectares (50 km²) entrará em vigor imediatamente e que os brasileiros, donos de fazendas no país, “não terão maiores problemas”. Esta limitação das terras foi submetida à referendo popular neste domingo, na mesma eleição que ratificou o projeto da nova Constituição com 60% dos votos, segundo resultados de pesquisas de boca de urna.

Romero disse que 80% dos 3,8 milhões de eleitores bolivianos votaram por este tamanho de terras – a outra opção era de 10 mil hectares. Até então, a Bolívia não tinha limites para a extensão das propriedades rurais. Ele entende que essa lei não integra o pacote de medidas que vai precisar de regulamentação através do Congresso Nacional antes de ser implementado. “Esta é uma medida que passará a valer para os futuros donos de terras, não é retroativa, não afeta os que já são proprietários. Os que já são proprietários de terras, com extensões superiores a este tamanho, deverão mostrar que a terra tem função social”.

Quando perguntado sobre o que significa “função social”, como estabelece o projeto da Carta aprovado neste domingo, ele respondeu: “Com trabalho, com gado, com plantações, terras com função social”. O ministro, que fala português, sugeriu que desta forma, os brasileiros, instalados no país, que tenham terras produtivas, não deverão ser afetados. “Isso não vai gerar problemas para os brasileiros. Haverá uma avaliação e os que produzem não têm por que estar preocupados.”

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. Rafael Centenaro disse:

    Futura crise na Bolívia, não tem outra explicação.

  2. Jorge Humberto Toldo disse:

    Em tese sim, mas na prática há outros detalhes. O governo boliviano não está sendo totalmente claro quanto a isso, sou gestor de uma agropecuária de brasileiros na Bolívia e ainda as informações estão contraditórias quanto a titularização da terra.
    Todos sabem que na Bolívia os produtores adquirem suas áreas e, para tê-las em definitivo, devem entrar com um processo de saneamento junto ao governo. É nesse processo que define como se dará o cumprimento da Função Social da terra. Normalmente esse processo demora, correndo tudo bem, cinco anos, passa por avaliações e perícias do INRA, Instituto de terras da Bolívia, estando tudo em conformidade com o proposto aí então o governo passa o título definitivo da terra, ou seja, terra saneada.
    Essa é a dúvidada que não foi totalmente esclarecida, se a lei vale para terras saneadas ou também para terras em processo de saneamento, o que é a grande maioria.
    Resta esperar para ver….

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