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Ministra da Agricultura promete medidas de apoio ao agronegócio

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, confirmou ao Valor que deverá anunciar ainda esta semana “várias medidas” de apoio ao setor agropecuário por causa dos problemas causados pelo coronavírus no país. Ela negou que os produtores rurais estejam sendo preteridos pela equipe econômica na elaboração de pacotes emergenciais e disse que mantém “boas conversas” com o ministro da Economia, Paulo Guedes, na busca por soluções.

Segundo ela, a demora na implementação de ações voltadas ao campo se deve ao fluxo intenso de demandas, e lembrou que a prioridade no momento é o setor de Saúde.

“O problema realmente é tempo. Eles [equipe econômica] estão lá com uma demanda enorme e precisam liberar. Não tem nada contra o agro, não vamos enxergar fantasma onde não existe. O que existe é um excesso de demandas”, disse. “O governo não assina um cheque e põe na conta das pessoas. Tem responsabilidade fiscal, tem burocracia, tem lei, tem portaria”, continuou.

Desde a semana passada, o setor produtivo e o próprio Ministério da Agricultura pleiteiam a realização de uma reunião extraordinária do Conselho Monetário Nacional (CMN) para que medidas de apoio ao campo sejam aprovadas, , mas até agora sem sucesso.

Tereza Cristina afirmou que o problema do Rio Grande do Sul, que apresentou uma série de demandas de socorro aos produtores rurais prejudicados pela estiagem que afetou lavouras desde o fim de 2019, está “equacionado”. Ela participou hoje de uma videoconferência com o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezzano, e entidades do Estado.

O pacote de medidas, no entanto, também esbarra na falta de tempo da equipe econômica. “Estamos assegurando que eles vão receber [ajuda], mas infelizmente não é no nosso tempo”.

“Está tendo compreensão, estamos conversando todos os dias com a Economia e está fluindo. A partir dessa semana ainda várias medidas de apoio no Rio Grande do Sul e para enfrentar o coronavírus vão começar a sair da Economia”.

Fonte: Valor Econômico.

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