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Ministério da Economia deve encaminhar ao CMN proposta de criação da CPR “verde”

O Ministério da Economia deve encaminhar para aprovação do Conselho Monetário Nacional (CMN) em dezembro a proposta que cria a Cédula de Produto Rural (CPR) Verde. O papel, largamente utilizado para antecipar recursos na safra, vai ganhar um carimbo sustentável para monetizar quem mantém excedentes de florestas em pé nas fazendas. O objetivo é permitir que os produtores rurais que tenham excesso de Reserva Legal nas propriedades possam emitir o título para captação de recursos para financiamento de novas atividades.

O subsecretário de Política Agrícola e Meio Ambiente do Ministério da Economia, Rogério Boueri, disse que a medida não pretende contemplar compensação ambiental, mas sim negócios em off sets privados. “Nesse modelo de CPR, o produto a ser entregue é a floresta em pé. Estamos acabando de elaborar a resolução do CMN. Vai ser uma medida que tem potencial muito grande para atrair investimentos sustentáveis para o Brasil, já que temos a maior reserva de floresta nativa do mundo”, afirmou durante evento online hoje.

Conforme o Valor já mostrou, a criação da CPR Verde faz parte de uma lista de iniciativas da Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia para 2021.

A CPR Verde pode estimular investidores, com isenção de Imposto de Renda, a financiarem a preservação das florestas nativas, tema com cada vez mais apelo na sociedade. A intenção do governo é deixar que as partes envolvidas possam definir os termos de cada operação, como prazo e taxa. Uma das ideias é criar uma espécie de “conta-garantia” para dar viabilidade ao instrumento. Isso faria com que os recursos da antecipação só possam ser sacados pelo proprietário rural em parcelas, conforme a verificação de que a área está sendo preservada ao longo dos anos.

Fonte: Valor Econômico.

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