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Minha crítica segue devido à vulnerabilidade do processo de certificação que está tendo dificuldades para garantir padronização – Roberto Barcellos

O engenheiro agrônomo, Roberto Barcellos, leitor do BeefPoint, comentou o artigo Raça não garante qualidade, de sua própria autoria.

Confira o comentário abaixo:

Tenho total tranquilidade e imparcialidade para fazer esses comentários, pois não represento produtores, não represento associaçőes de raça, não represento frigoríficos e não represento varejistas.

A minha crítica não é para as raças propriamente ditas, pois vejo uma complementaridade muito interessante entre elas e características produtivas cada vez mais consistentes.

Atualmente trabalho com diversos programas de carne, com raças britânicas, raças continentais, raças africanas, raças japonesas e zebuínas.

A heterogeneidade que existe no rebanho Brasileiro e a heterogeneidade que existe dentro de cada raça é gigante. (dentro de um mesmo rebanho puro, selecionado a décadas, temos até uma padronização visual, mas uma diferença muito grande na curva de crescimento dos tecidos, diferenças muito grandes de AOL, de EGS, de marmoreio, frame, pesos entre indivíduos)

Como padronização é fundamental para qualquer programa de carne, é aí que começam os problemas.

Aliada à fragilidade do sistema de certificação que trabalha com matérias primas distintas, com grau de sangue distintos, de diferentes sistemas de producão, com diferentes idades de abate, animais inteiros, castrados e fêmeas, de pasto de confinamento, em estados distintos, etc.

Por exemplo: A carne certificada no RS de animais puros 4 dentes castrados de pastagens de inverno, é diferente da carne de animais inteiros, 50% zebuíno, dente de leite confinado de GO ou PR.

Obviamente se comparada com a carne comodity (na média), a carne certificada é superior (na média).

Portanto, a minha crítica segue devido à vulnerabilidade do processo de certificação, que se inicia no curral do frigorífico, e na minha opinião, está tendo dificuldades para garantir padronização.

O trabalho dos profissionais das associações de raça, responsáveis pelos programas de carne, até este momento foi brilhante.

A ascensão dos programas se deu devido a um aumento de demanda acelerado pelo apetite do consumidor que está em fase de aprendizado, mas já está identificando algumas inconsistências entre qualidade x preço x padronização dentro de algumas marcas, inclusive dentro de marcas certificadas.

Não estou incomodado, estou fazendo um alerta, pois enxergo um risco deste produto ser considerado em breve um comodity da prateleira de cima.

Clique no link abaixo e confira o artigo na íntegra e demais comentários:

Raça não garante qualidade – por Roberto Barcellos

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