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Minerva pede registro para IPO da Athena na bolsa do Chile

A Minerva Foods, maior exportadora de carne bovina da América do Sul, confirmou ontem que pediu à Comisión para el Mercado Financeiro (CMF, na sigla em espanhol), órgão que regula o mercado de capitais do Chile, o registro para a oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da subsidiária Athena Foods. A informação foi antecipada pelo Valor PRO, serviço de informações em tempo de real do Valor.

Criada em meados deste ano, a Athena reúne as operações da Minerva fora do Brasil, o que inclui abatedouros na Argentina, Paraguai, Uruguai e Colômbia. Atualmente, a Athena responde por 40% do faturamento total da Minerva, que deve ficar entre R$ 15 bilhões e R$ 16 bilhões em 2018. No período de 12 meses encerrado em setembro, a receita líquida da Athena chegou a R$ 6,3 bilhões, crescimento 121% na comparação anual.

Para conduzir o IPO, a Minerva Foods contratou os bancos BTG Pactual, J.P. Morgan, Santander, Itaú, HSBC e Bradesco. A partir do pedido de registro, feito ontem, o órgão regulador do mercado de capitais chileno terá 180 dias para dar o seu aval à transação.

A expectativa é que a Minerva venda cerca de 30% do capital da Athena Foods, obtendo recursos para reduzir o endividamento a consolidar a liderança na América do Sul. Em setembro, a empresa indicou a possibilidade de angariar até R$ 1,5 bilhão com o IPO.

Somados aos R$ 1 bilhão que levantou recentemente com um aumento de capital privado no Brasil, a Minerva Foods poderá reduzir o índice de alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda) para menos da metade, conforme executivos da Minerva disseram em entrevista ao Valor no início de setembro. No fim do terceiro trimestre, a alavancagem da companhia brasileira estava em 5 vezes. A dívida bruta totalizava R$ 11,4 bilhões.

Paralelamente ao pedido de registro do IPO, a Minerva Foods mantém conversas com fundos interessados em ancorar a operação no Chile. Conforme o Valor informou em 9 de novembro, os fundos soberanos do Emirado de Abu Dhabi (Adia) e do Qatar (Kia) mantêm negociações nesse sentido, assim como o fundo de investimentos chinês Fosun.

Também há conversas com a Saudi Agriculture and Livestock Investment Company (Salic), gestora do Reino da Arábia Saudita que já é a segunda maior acionista da Minerva. Atualmente, a Salic tem 21,16% do capital da Minerva. A companhia, sediada em Barretos (SP), é controlada pelos Vilela de Queiroz. Por meio da VDQ Holdings, a família tem 27,87% Na bolsa paulista, o valor de mercado da Minerva Foods é de R$ 1,3 bilhão.

Ontem, as ações da Minerva encerraram o pregão cotadas a R$ 5,71, valorização de 0,8% na B3. No acumulado de 2018, as ações da Minerva registram desvalorização de mais de 45%. Os papéis da empresa sofreram neste ano com a disparada do endividamento, que foi atribuída à alta do dólar e à aquisição, em 2017, dos frigoríficos que a JBS tinha na Argentina, Paraguai e no Uruguai.

Fonte: Valor Econômico.

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