Quatro meses após anunciar a criação de um fundo para investir em startups, o grupo brasileiro Minerva Foods fechou o primeiro negócio. Com um aporte de US$ 4 milhões (R$ 23 milhões, considerando a atual cotação da moeda americana) a companhia se tornou sócia minoritária da americana Clara Foods, uma foodtech do Vale do Silício que desenvolve proteínas alternativas – livre de animais – para o uso na indústria de alimentos.
Fundada pelo mexicano Arturo Elizondo, a Clara Foods nasceu na IndieBio, maior incubadora e aceleradora de biotecnologias do mundo. A startup já recebeu duas rodadas de investimento, levantando mais de US$ 50 milhões (o equivalente a R$ 288 milhões).
O investimento da Minerva, que não revela a participação comprada na startup, faz parte da rodada de captação iniciada no ano passado e com a qual a Clara angariou US$ 40 milhões, recebendo aportes de multinacionais como Ingredion e Bimbo, grupo mexicano de panificação. Conforme a publicação especializada AgFunderNews, a foodtech também recebeu um investimento de US$ 15 milhões em 2016.
Em entrevista ao Valor, o diretor financeiro da Minerva, Edison Ticle, reforçou que esse não será o único investimentos da empresa. O fundo de venture capital criado pela companhia conta com US$ 30 milhões para investir em startups. O projeto é investir em até dez empresas, com um tíquete entre US$ 1 milhão e US$ 15 milhões, disse o executivo.
Com o investimento da Minerva, a Clara Foods ganha um reforço para ampliar a escala de seu negócio. De acordo com Ticle, o conhecimento da Minerva nas áreas de vendas e distribuição de proteínas poderá ajudar a foodtech.
O carro-chefe da startup é um substituto vegano para a clara do ovo. Outros produtos que simulam gosto e textura da proteína de outros animais estão em fase de desenvolvimento. Além de sócia da foodtech, a Ingredion, gigante americana de ingredientes que faturou US$ 6,2 bilhões do ano passado, é uma cliente da companhia.
Com uma fábrica na Índia, a Clara Foods produz ingredientes proteicos livres de animais com fermentação a partir de leveduras especiais desenvolvidos por engenharia genética pela startup, explicou Elizondo, que conversou com a reportagem por videoconferência.
Em comunicado enviado ontem à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Minerva destacou o pioneirismo da startup. Segundo a empresa, os produtos desenvolvidos pela Clara ajudam a solucionar “um dos maiores empecilhos da indústria de alimentos e bebidas”.
A companhia brasileira, que fatura mais de R$ 18 bilhões por ano, lembrou que o fundo de venture capital faz parte de uma estratégia mais ampla de inovação. Além do braço de investimento, a Minerva desenvolve uma plataforma de e-commerce e marketplace e uma área de análise avançada de dados.
Fonte: Valor Econômico.
This post was published on 29 de outubro de 2020
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