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Minerva Foods lucrou R$ 243 milhões no quarto trimestre

Impulsionada pela forte demanda asiática – especialmente da China -, a Minerva Foods reportou ontem um lucro líquido de R$ 243 milhões no quarto trimestre de 2019, desempenho bem melhor que o registrado um ano antes, quando teve um prejuízo de R$ 92,1 milhões.

O resultado trimestral compensou o prejuízo que a Minerva havia acumulado entre janeiro e setembro. Com isso, a companhia de carne bovina encerrou o ano com lucro de R$ 16,2 milhões. Em 2018, o grupo teve prejuízo de R$ 1,264 bilhão.

O lucro reportado pela Minerva no quarto trimestre também contou com a ajuda do reconhecimento de um ativo fiscal diferido sobre prejuízo fiscal (na prática, o direito de pagar menos imposto). Entre outubro e dezembro, os impostos diferidos tiveram um impacto positivo de R$ 231,2 milhões para a companhia.

Mas a Minerva teria fechado o trimestre no azul mesmo desconsiderando o imposto diferido. No quarto trimestre, o resultado da companhia antes de impostos foi de R$ 77,3 milhões. No mesmo intervalo do ano passado, a empresa amargara um prejuízo – antes dos impostos – de R$ 75 milhões.

Do ponto de vista operacional, a Minerva foi beneficiada pela China, que ampliou significativamente as importações de carne bovina da América do Sul para lidar com a escassez provocada pelo surto de peste suína africana.

Nesse cenário, a Minerva reportou um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) recorde no quarto trimestre. No período, a empresa registrou um Ebitda ajustado de R$ 603,3 milhões, crescimento de 30,4% na comparação com os R$ 462,8 milhões do mesmo intervalo do ano passado. Com isso, a margem Ebitda da empresa aumentou 2,4 pontos percentuais na mesma base de comparação, passando de 10% a 12,4%.

O faturamento também bateu recorde. No quarto trimestre de 2019, a Minerva registrou uma receita bruta de R$ 5,1 bilhões, crescimento de 4,8% ante os R$ 4,9 bilhões de um ano atrás. No acumulado do ano passado, o faturamento chegou a R$ 18,2 bilhões, incremento de 5,6%.

As exportações foram responsáveis por cerca de 70% do faturamento. Da receita total, os frigoríficos no Brasil responderam por 51% no quarto trimestre. No período, o volume de vendas da operação no Brasil (incluindo exportações) foi de 155,7 mil toneladas, crescimento de 2,2% na comparação anual. Na Athena Foods, subsidiária que reúne as operações da empresa na Argentina, Uruguai, Paraguai e Colômbia, as vendas somaram 133,9 mil toneladas, leve queda de 0,2%.

Em entrevista a jornalistas, o diretor de finanças e de relações com investidores da Minerva, Edison Ticle, destacou a melhora dos indicadores de endividamento da companhia, que voltou a gerar caixa no quarto trimestre e recebeu uma injeção de R$ 999 milhões neste início de 2020 – os recursos vieram da oferta de ações feitas pela companhia. Com a entrada desse montante no caixa, o índice de alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda) da Minerva atingiu 2,8 vezes, ante 3,9 vezes no fim de 2018.

Com a melhora da estrutura de capital proporcionada pela oferta de ações, a Minerva quer se tornar uma “pagadora de dividendos”, disse o presidente da empresa, Fernando Galletti de Queiroz. Com esse objetivo, o conselho de administração da Minerva aprovou ontem uma política de distribuição de resultados, ampliando a distribuição mínima de dividendos de 25% (o mínimo estipulado pela legislação) para 50% do lucro quando o índice de alavancagem for igual ou menor que 2,5 vezes.

Os executivos evitaram estipular um prazo para que isso ocorra, mas a avaliação deles sobe as perspectivas para 2020 indicam que os acionistas poderão contar com dividendos em breve. Segundo Galletti, a restrição na oferta de gado na Austrália deve favorecer a carne da América do Sul e a demanda da Ásia deve seguir aquecida. Nesse contexto, a Minerva tem condições para repetir o desempenho de 2019, acrescentou Ticle.

Questionados sobre o caos logístico provocado pelo coronavírus, que congestionou os portos da China, os executivos disseram que a situação começa a se normalizar. Segundo Galletti, o país asiático deve levar de um mês a um mês e meio para ajustar a situação.

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Fonte: Valor Econômico.

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