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Minerva deve lançar ferramenta para monitorar fornecimento indireto de gado na Amazônia e no Cerrado

A Minerva Foods pretende começar a aplicar uma ferramenta de georreferenciamento até o fim do ano para monitorar o fornecimento indireto de gado na Amazônia e no Cerrado, disse hoje o diretor financeiro da companhia Edison Ticle, durante a Live do Valor. 

A ferramenta foi desenvolvida em parceria com a Universidade de Wisconsin e está em teste pela companhia desde o ano passado. 

A ferramenta utiliza imagens de satélite para identificar o deslocamento dos bois entre as áreas ao longo do tempo e permite o cruzamento de dados para identificar se as fazendas de origem do animal desde seu nascimento atendem requisitos relacionados a desmatamento, situação fundiária e presença em lista de trabalho escravo e cumprimento de outras obrigações trabalhistas. 

Segundo Ticle, essa ferramenta permitirá que a Minerva tenha com os fornecedores indiretos o mesmo nível de compliance com que tem hoje com os fornecedores diretos da companhia, hoje 100% rastreados. 

“No quesito de monitoramento de fornecedores indiretos, acho que estamos à frente do que as outras indústrias têm feito. Elas têm dependido dos passos que o governo dá em fornecer esse tipo de informação. Ao invés de ficar esperando o governo e as ações do ministério, estamos dando um passo à frente usando tecnologia”, disse.

A Minerva também monitora atualmente seus fornecedores diretos na região do Chaco paraguaio, como faz hoje no Brasil.

Fernando Queiroz, CEO da Minerva, afirmou que a cadeia pecuária brasileira é “mais eficiente” em termos de emissões de carbono em comparação aos sistemas de produção da Europa e dos Estados Unidos. Ele afirmou que isso se dá por causa da proximidade das plantas de abate das regiões de criação, reduzindo as emissões de transporte dos animais, e por causa da criação 90% em pasto, enquanto no Hemisfério Norte a maior parte é em confinamentos. 

Sobre a comunicação do governo a respeito das questões ambientais, Queiroz disse que “tem um grande espaço para a gente trabalhar mais” e afirmou que o Itamaraty e o Ministério das Comunicações “têm feito um bom trabalho”. 

Para ele, “é importante que nossa competitividade não seja afetada por falácias ou falsas premissas que estão sendo colocadas especialmente por países que vêm a América do Sul, especialmente o Brasil, como um competidor que realmente os prejudica fortemente”.

Fonte: Valor Econômico.

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