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Minerva deve estudar aquisições

O frigorífico Minerva optou nos últimos anos pelo caminho oposto ao de seus concorrentes. Enquanto seus rivais anunciavam aquisição após aquisição, a empresa escolheu o crescimento orgânico, ou seja, expandir os negócios a partir de sua estrutura, praticamente sem compras de ativos de terceiros. Com a casa arrumada e com a saída de JBS e Marfrig das compras, o presidente do Minerva, Fernando Galletti de Queiroz, avalia que o momento para aquisições pode, finalmente, estar perto.

O frigorífico Minerva optou nos últimos anos pelo caminho oposto ao de seus concorrentes. Enquanto seus rivais anunciavam aquisição após aquisição, a empresa escolheu o crescimento orgânico, ou seja, expandir os negócios a partir de sua estrutura, praticamente sem compras de ativos de terceiros.

A estratégia deixou o Minerva fora da mídia e com alto grau de endividamento, já que os investimentos em ativo imobilizado, ao contrário das compras, demoram para resultar em geração de caixa. Com os novos projetos entrando em operação, o balanço financeiro começou a melhorar. O Ebitda ficou em R$ 62 milhões no segundo trimestre, ante R$ 53 milhões do trimestre anterior e R$ 44 milhões há 12 meses. A relação desse indicador com a dívida caiu para quatro vezes.

Com a casa arrumada e com a saída de JBS e Marfrig das compras – ambos precisam transformar as aquisições em retorno para o acionista -, o presidente do Minerva, Fernando Galletti de Queiroz, avalia que o momento para aquisições pode, finalmente, estar perto.

“Crescemos organicamente na hora em que todo mundo estava fazendo aquisições, e agora temos uma plataforma pronta para fazer compras, em um momento em que há disponibilidade de ativos interessantes”, disse Queiroz em entrevista à Folha de S.Paulo, sem citar nomes.

Após a euforia pela qual o setor passou nos últimos anos, os possíveis alvos de aquisição estariam mais baratos, já que há poucos candidatos à compra. Para Queiroz, esse cenário mostra que o Minerva se preparou para o “timing correto”. “Estratégia não é só o que você vai fazer, mas também quando vai fazer.”

Apesar de o BNDES ter sido responsável pela forte e meteórica expansão de seus concorrentes, o presidente do Minerva não tem queixas contra o banco de fomento. “Não acessamos isso [financiamento do BNDES para aquisições] porque a nossa estratégia de crescimento foi diferente”, afirma, com o cuidado de não avaliar a situação de seus rivais. E acrescenta: “Ter o BNDES apoiando empresas nacionais é sempre positivo”.

Queiroz avalia que o setor de frigoríficos deve caminhar para um modelo semelhante ao existente no mercado de soja, comandado por quatro empresas em todo o mundo. “Em soja, a consolidação foi feita por empresas internacionais, por razões de acesso a capital. Em carnes, o passo que o Brasil está dando é bastante interessante”, compara.

No momento em que o mercado financeiro coloca em xeque a estratégia de crescimento dos líderes JBS e Marfrig, o desempenho das ações do Minerva também vai na contramão dos rivais. O papel acumula alta de 15% em 2010, ante queda de 21% no do JBS e de 10% no do Marfrig. O Ibovespa cai 2% no ano. Segundo analistas, o desempenho acompanha a melhora no resultado operacional da empresa.

A matéria é de Tatiana Freitas, publicada na Folha de S.Paulo, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    JBS, Marfrig, BRFOODS….será o Minerva novo candidato a grande player mundial no segmento?

  2. Evándro d. Sàmtos. disse:

    Pois é,mas alguém precisa começar a crescer para fazer frente aos que já despontarão.

    Me parece ser este,de fato,o melhor momento para aquisições e até mesmo para fusões,existem médios grupos com ativos bastante interessantes,em recuperação,e também em dificuldades.

    Saúdo Fernando Galleti!

    Saudações,

    EVÁNDRO D. SÀMTOS.

  3. alcione ap.paulino disse:

    seria otimo o minerva começar a uma contra partida nesse momento ,como se dizer ,esta na hora de começar a reagir, esta na hora certa ,parou as compra do jbs e marfrig, acabou aquelas concorrençias agora sim ,e hora de compra ativos e bem comprador para nao ter prejuizos no futuros….

  4. Rafael Vicentini disse:

    Quem será o alvo?

  5. Domingos Rafael da Silva disse:

    jbs é jbs não é facil concorre com jbs e marfrig é dois frigorifico diferencialdo.

  6. Francisco Caruso Neto disse:

    A força do monopolio..cai!! com a capacidade e competencia dos competentes!!!
    Parabens Grupo MINERVA….de grao em grao se constroi fortes alicerce!!!!!

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