A safra de milho do Brasil, que está entrando em uma fase decisiva, deverá saltar para um recorde de 89,6 milhões de toneladas em 2016/2017, em meio a perspectivas de produtividades elevadas, apesar de dúvidas que começam a surgir com o calendário de plantio das lavouras de inverno, apontou nesta terça-feira uma pesquisa da Reuters.
O levantamento com 18 fontes, incluindo analistas e entidades do setor, indica que haverá um crescimento de 34,7% ante a temporada 2015/2016, que foi bastante afetada por chuvas irregulares.
A colheita de verão, que está em andamento, deverá alcançar 29,7 milhões de toneladas, crescimento de cerca de 15 por cento ante o ano anterior, segundo a média das projeções.
À medida que avança a colheita de soja, principal cultura do verão brasileiro, crescem as expectativas com a chamada “safrinha”, que é plantada logo após o ciclo da oleaginosa no Centro-Oeste e no Paraná, principalmente.
Após ver cotações disparando em 2016, em meio à quebra de safra e na esteira de fortes exportações, agricultores brasileiros decidiram apostar em um aumento de área de milho de segunda safra.
Analistas ouvidos pela Reuters disseram que a combinação de uma área maior e de uma recuperação de produtividades para níveis históricos deverá resultar em uma colheita recorde.
A média das projeções compiladas indica uma segunda safra de milho em recorde de 60,7 milhões de toneladas, alta de 49% ante 2014/15.
Contudo, como o plantio do milho de segunda safra depende da colheita da soja, atrasos em algumas regiões importantes já chamam a atenção dos especialistas.