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MG: agora produtor decide se a carne de seus animais será exportada para a UE

Nova medida adotada pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) visa dar condições para que produtores optem por não exportar carne proveniente do abate de seus animais à União Europeia. A partir de abril, produtores de Minas Gerais que optarem por não exportar carne ao bloco europeu terão a opção de não inserir no campo 17 da Guia de Trânsito Animal (GTA), informações referentes ao ingresso de animais de áreas não habilitadas.

Nova medida adotada pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) visa dar condições para que produtores optem por não exportar carne proveniente do abate de seus animais à União Europeia.

A partir de abril, produtores de Minas Gerais que optarem por não exportar carne ao bloco europeu terão a opção de não inserir no campo 17 da Guia de Trânsito Animal (GTA), informações referentes ao ingresso de animais de áreas não habilitadas.

A medida é válida para propriedades pertencentes à lista TRACES – relação de propriedades aptas a exportar para a União Europeia.

A nova regra, implantada através de uma circular (DGER nº71, de 18/04/2011) partiu de uma demanda por parte dos produtores do estado, através da Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg).

Dos nove estados que estão autorizados a exportar carne para o bloco europeu, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás implantaram a regra desde 2010 e, recentemente, Minas Gerais tomou a iniciativa. Os demais estados exportadores, como, Distrito Federal, Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo não adotam essa medida para exportação de carne.

O diretor-geral do IMA, Altino Rodrigues Neto, informa que a implantação da nova medida é uma oportunidade para que o produtor permita ou não, a exportação de carne proveniente do abate de seus animais. “A partir de agora, caso não seja objetivo exportar para a União Europeia, o produtor terá a opção de não vender ou negociar a arroba do boi, já que o custo para rastrear o rebanho é alto devido às exigências impostas por este mercado. Portanto, quando não há sobrepreço na arroba do boi rastreado é justo que o produtor não autorize que seus animais sejam exportados”, informa.

Os interessados neste novo serviço devem procurar os escritórios do IMA, bem como, as certificadoras prestadoras de serviço para obter o modelo de declaração a ser preenchido, conhecido como “Declaração do Produtor”.

As informações são do IMA, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    Parabéns aos representantes dos produtores mineiros que souberam defender os interesses da classe. Minas Gerais segue o caminho aberto por MS; GO e MT e sinaliza para que produtores de SP, PR, RS e ES sigam o mesmo caminho.

  2. Francisco de Assis F. Rodrigues disse:

    Parabens produtores de Minas Gerais, vamos insetivar os companheiros dos estados que ainda não oficialisaram esta medida, objetivando a procurar as autoridades de classes produtoras, no sentido de precionar os diretores dos Órgão de Defesa do seu Estado para acompanhar os Estados que  adotam esta medida.

    Enquanto todos os estados não aderirem, existem possibilidades das  Industrias continuarem a  fazer "corpo mole" para não pagar o devido ágio.

    Não adotar esta medida, significa beneficiar diretamente a Industria em detrimento dos produtores.  

  3. Francisco de Assis F. Rodrigues disse:

    Parabéns aos produtores de Minas Gerais.

    Vamos insentivar os produtores dos Estados que não aderiram a esta medida, no sentido de precionar as classes produtoras a cobrarem dos Órgão de Defesa de seus Estados o acompanhamento desta decisão.

    Não tomar esta decisão, significa beneficiar diretamente a Industria em detrimento do produtor Trace.

    Enquanto todos os Estados não aderirm a esta medida, existe possibilidade da Indutria fazer "corpo mole" para não premiar a carne oriundas de ERAS Trace.

  4. Antonio Carlos Gomes disse:

    Excelente iniciativa, penso que esta chegando a hora de valorizar e IMPOR as condições de negócios com esse destino. Já é tempo de os europeus reconhecerem que aqui se tem uma produção respeitada e se faz um trabalho sério e que não vamos nos submeter às determinações que convém a eles. Oxalá, que o BRASIL inteiro demonstre a mesma atitude. Nós brasileiros, temos que perder o receio de ser barrado por um mercado ou outro; o mundo tem FOME e nós somos o principal refúgio na busca dessa saciedade. Pensemos dessa maneira que os resultados serão outros. Parabéns ao povo dos Estados que já adotaram essa medida.  

    Antonio Carlos Gomes

    PRESIDENT

  5. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    Caro Antonio Gomes,

    A medida foi implantada por MS, GO, MT e MG não para o Brasil deixar de exportar carne para a UE, muito pleo contrário, e sim para defender os produtores que investiram na rastreabilidade de seus animais na hora de comercializa-los com os frigoríficos exportadores.

    Antes desta medida ser implantada as propriedades da lista Traces tinham que “fornecer” a rastreabilidade de seus animais ao frigorífico mesmo que eventualmente não recebeçem nada por isto. Se os produtores simplesmente arrancassem os brincos dos animais a serem abatidos as propriedades envolvidas, na próximas auditorias, perderiam a certificação.

    Já com a medida implantada por estes Estados é possível ao produtor fornecer os animais com seus brincos normalmente, indicando apenas na GTA, se for o caso, que não desejam “fornecer” a rastreabilidade pois não houe acordo comercial a este respeito. O frigorífico é obrigado a baixar os animais da BND mas não pode exportar a carne dos mesmo apra a UE. E as propriedades envolvidas não terão problemas nas proximas auditorias.

    A consequência óbvia é que melhoram muito as condições de negociação do pecuarista com o frigorífico para pleitear um diferencial de preços pelo esforço e investimentos feitos em rastreabilidade, que é de adesão voluntária. O que pessoalmente considero muito justo.

    Antes desta medida ser implantada por estes Estados alguns frigoríficos localizados em praças de menor concorrência alegavam que não tinham interesse em animais rastreados, pois sabiam que acabariam recebendo os mesmos, e diziam que não podiam pagar nenhum diferencial pelos mesmos. E os produtores não tinham como saber se a alegação era verdadeira ou não. Mas o que perecebemos é que após a implantação da medida a relação mudou e o diferencial de preços entre os animais rastreados e os demais subiu.

  6. Fábio Henrique Ferreira disse:

    Caro Roberto Trigo,

    As coisas na vida não são como elas são e sim como as pessoas vêem, por este motivo que alguns vêem e outros não, alguns enxergam vantagens, fatos concretos e outros analisam os fatos tomando como base o contraditório, estes nunca vão enxer nada mesmo.

  7. carlos massotti disse:

    Isto so vai acirrar os animos na conflituosa relacao pecuarista x frigorificos – chega a ser triste ver quao odiosa chega a ser esta relacao , apesar de  um elo depender do outro – ora se o frigorifico nao paga o premio desejado pelo produtor é porque o mercado nao oferece condicoes para que este pagamento seja feito – a situacao economica da Uniao Europeia é terrivel onde todos os dias vemos e recebemos as mas noticias (Portugal por exemplo é a bola da vez!) – os preco pelo qual é vendida a carne nao permite ao frigorifico pagar o premio exigido pelo produtor – esta é a  grande verdade – e o fato de impedir que a carne do animal seja ou nao exportada nao vai de maneira nenhuma beneficiar qualquer dos lados-só o oposto pois todos saem prejudicados  – existe muita ignorancia no setor inclusive incentivada por dirigentes de entidades e formadores de opiniao os quais deveriam primeiramente  tentar entender um pouco do sistema e da exportacao em vez de  criticarem,sem conhecimento de causa e  com  a acidez habitual –

    enquanto nao houver um entendimento e boa vontade de todos envolvidos em tornar claro e compreensivel o assunto da exportacao em si, estas discussoes utopicas vao continuar acontecendo – e afinal todos mas todos mesmo ficam no prejuizo!!0 produtor poque nao recebe o premio por minimom que seja – o frigorifico que nao consegue exportar – o mercado que fica inundado de carne – ora pois!!!

  8. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    Prezado Carlos Massotti,

    Conflitos entre fornecedores (pecuaristas) e seus clientes (frigoríficos) são inevitáveis. O que precisamos simplesmente é de regras claras de relacionamento.

    As medidas adotadas por estes Estados não visam absolutamente prejudicar aos frigoríficos e sim defender os interesse dos pecuaristas.

    Se os frigoríficos realmente não tem interesse em adquirir animais rastreados pq os preços pagos pela UE não compensam não terão qq despesa adicional para adquir animais para abate.

    E se isto for verdade quem ficará no prejuízo serão os produtores da região que acreditaram no potencial da UE e investiram para atender as exigências deste mercado. Em outras palavras atualmente os pecuaristas tomam inteiramente o risco da operação, sem qq tipo de garantia prévia dos frigoríficos.

    O único fomento a adesão do produtor na hora de decidir rastrear seu rebanho é o histórico de diferenciais de preços da sua região.

    Agora se o frigorífico alega que não pode pagar qq diferencial pelos animais pq não pretende exportar sua carne não há pq reclamar se o produtor informar antecipadamente que fornecerá animais para atender o mercado interno.

    Com a medida adotada por estes Estados o frigorífico não pagará pelo que não usará, mas não usará o que não pagou. O diferencial de preços necessário para equilibar oferta e demanda será decidido pelo mercado.

    Att,

    Att,

  9. Paulo A.V.G.Filho disse:

    Os fatos mostram que só após o MS começar com esta pratica que o diferencial de preço apareceu. Depois vieram MT, GO e agora MG. Até Jan/11 não existia diferencial ou no máximo era de R$1,00/@ , a medida que os estados deram opção do produtor escolher se exporta, o diferencial chegou a R$4,00 em Abr/11.

  10. Roberto Ferreira da Silva disse:

    Com essa ferramenta, forçamos o prêmio até R$ 8,00 em Goiás em abril/maio de 2.011.

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