Braço veterinário da farmacêutica francesa Sanofi, a Merial ficou satisfeita com a decisão da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Ministério da Agricultura de suspender por um ano, prorrogável por igual período, algumas normas de biossegurança para fábricas de vacina contra o vírus da febre aftosa. Na prática, a medida pode significar a reabertura das fábricas de vacinas da própria Merial e da Vallée, que estão fechadas por “não conformidades” com as normas, atualizadas em 2012.
O presidente da Merial no Brasil, Jorge Espanha – que disse que foi surpreendido com o anúncio. Para ele, a medida afasta o risco de desabastecimento no mercado de vacinas contra aftosa. Ele se disse “convencido” de que faltaria vacina casos as fábricas da Merial, que fica em Paulínia (SP), e a da concorrente Vallée continuassem fechadas. Juntas, ambas respondem por 70% da produção nacional.
Confiante na reabertura da fábrica da Merial, que recebeu aportes de R$ 5 milhões em adaptações, Espanha ressalvou que o processo de produção de vacinas é lento. A expectativa é que, caso a fábrica seja reaberta nas próximas semanas – ainda faltam trâmites burocráticos -, a Merial consiga ofertar volumes significativos só na primeira etapa da campanha de vacinação de 2016.
Paralelamente, a empresa está construindo uma nova fábrica de vacinas também em Paulínia, totalmente adequada às novas regras. A Merial prevê investir de € 55 milhões a € 60 milhões na planta.
Fonte: Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.