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Mercado interno garante margens dos frigoríficos

O aumento das vendas dos frigoríficos no mercado interno foi um dos responsáveis para que as margens de lucro do setor não caíssem ainda mais no último trimestre. Todas as empresas dessa área destacaram em seus balanços crescimento desse mercado - apesar dos investimentos fora do Brasil - e, do mesmo modo, margens inferiores às registradas em 2007.

O aumento das vendas dos frigoríficos no mercado interno foi um dos responsáveis para que as margens de lucro do setor não caíssem ainda mais no último trimestre. Todas as empresas dessa área destacaram em seus balanços crescimento desse mercado – apesar dos investimentos fora do Brasil – e, do mesmo modo, margens inferiores às registradas em 2007.

Das quatro indústrias que divulgaram seus resultados, apenas a JBS teve prejuízo.

Analistas de mercado acreditam que o terceiro trimestre deve continuar com margens apertadas – mas talvez com estabilidade – e, no último, pode haver uma pressão maior. Também apostam que as grandes empresas estão preparadas para a crise de oferta de gado e que o momento, apesar de difícil, pode ser benéfico – com oportunidades de compras.

“O que está acontecendo é que o Brasil está ficando interessante para o consumo, está ficando um mercado melhor. Por isso, faz sentido o mercado interno manter a margem”, acredita Roberto Russo, presidente do Independência. – pela primeira vez este mercado foi maior que o externo para a empresa.

O analista Rafael Cintra, da Link, destaca que o aumento do custo de produção afetou os resultados. “Mesmo com política de repasse de preço, não conseguiram na mesma magnitude”, diz. Ele lembra que parte da carne que iria para a Europa foi para o mercado interno.

Cintra lembra que o desafio do setor é o aumento do custo de produção, uma vez que a expectativa é de reversão de ciclo no final de 2009 e início de 2010. “A partir de agora, a tendência é de comparar meses ruins com outros também ruins”, diz José Vicente Ferraz, diretor da AgraFNP. Para ele, a manutenção das dificuldades de exportação impediu uma alta nos preços maior.

Na avaliação de Cintra, entre as indústrias de capital aberto, aquela que tem a melhor estratégia é o Marfrig, pois tem se focado em um mercado em expansão (food service), além de terem iniciado a diversificação entre as proteínas.

As informações são de Neila Baldi, da Gazeta Mercantil.

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