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12 de abril de 2002

Mercado de boi gordo volta a fluir

Após duas semanas travado pela disputa entre pecuaristas e frigoríficos, o mercado de boi gordo voltou a fluir ontem.

Segundo o presidente do Fórum Permanente de Pecuária de Corte da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Antenor Nogueira, a indústria voltou a pagar os preços praticados há 15 dias nas principais praças. A exceção ainda é São Paulo, onde a arroba (15 quilos) do boi, que estava sendo comercializada a R$ 45,00 e R$ 46,00, ainda não recuperou totalmente este valor.

“Em Goiânia e Mato Grosso do Sul, os frigoríficos já voltaram a pagar R$ 42,00 pela arroba. No Mato Grosso, o preço também retornou aos R$ 39,00 que vinham sendo pagos há duas semanas. Somente em São Paulo os preços ainda não retornaram aos R$ 46,00, mas, mesmo assim, esse valor já está em R$ 44,00 a arroba, o que é bastante próximo”, afirmou.

De acordo com fontes do setor, em São Paulo, com os dois lados cedendo um pouco a arroba foi negociada a R$ 44 (para descontar Funrural). Os pecuaristas, que insistiam em R$ 45 até a última semana, ampliaram a oferta porque a estiagem em algumas regiões afeta as pastagens, afirma o consultor da Hemcorp Commcor, Élio Michelloni Júnior. Ian Hill, da Agropecuária Jacarezinho, confirma que o clima estimulou a oferta.

Os frigoríficos, que antes ofereciam R$ 43, conseguiram ampliar as escalas de abate. Segundo o presidente da Associação Brasileira dos Exportadores de Carnes (Abiec), Edivar Queiroz, as escalas vão até terça-feira.

Na opinião do consultor da FNP, José Vicente Ferraz, o pecuarista ofertou mais porque sabe que em dois a três meses terá de desovar o gado por conta do inverno.

Para Queiroz, o abate deve voltar ao normal em 10 dias. Para enxugar o mercado de carnes e tentar reduzir o preço do boi, os frigoríficos diminuíram a produção e deram férias coletivas.

Segundo ele, as importações de carne da Argentina, que em parte geraram a disputa no setor, continuam a ocorrer. Ferraz avalia que as compras não afetaram o mercado de carnes. O traseiro está cotado a R$ 3,35/quilo desde o dia quatro.

Fonte: Valor On Line (por Alda do Amaral Rocha) e O Estado de São Paulo, adaptado por Equipe BeefPoint

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