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Melhoram as perspectivas para a venda de máquinas

As vendas de máquinas agrícolas confirmaram, em setembro, que iniciaram um movimento de recuperação mais firme no país. E, embora o mercado ainda esteja longe de seus melhores dias, a indústria está mais otimista sobre os resultados no ano.

Segundo dados divulgados ontem pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), as vendas somaram 4.767 unidades no mês, 8,9% mais que em agosto, mas ainda 4,2% menos que em setembro de 2019. O número inclui máquinas rodoviárias, que representaram pouco menos de 10% e que também estão com demanda mais aquecida.

O aumento em relação a agosto está em linha com a maior procura por recursos do Moderfrota de julho a setembro – sobretudo por parte dos produtores de soja e milho, que estão capitalizados e têm boas perspectivas para esta safra 2020/21. Mas a queda na comparação interanual ainda é um sinal de que as feridas provocadas pela pandemia vão demorar a cicatrizar.

Nos primeiros nove meses de 2020, as vendas alcançaram 33.283 unidades, um incremento de 0,9% ante igual intervalo do ano passado, quando houve escassez de crédito nas principais linhas do governo e o mercado já estava retraído. Depois do avanço de setembro, a Anfavea elevou sua estimativa para as vendas no acumulado do ano para 45,9 mil unidades, 5% mais que em 2019.

Alfredo Miguel Neto, vice-presidente da entidade, afirmou a jornalistas que a boa fase do mercado de grãos vai colaborar para a consolidação do crescimento.

Mas a relativa fraqueza das vendas até agora continua a ter reflexos negativos sobre a produção. Conforme a Anfavea, foram montadas no país 4.563 máquinas agrícolas e rodoviárias em setembro, 4,7% mais que em agosto mas quantidade 4,8% menor que em setembro de 2019. Nessa frente, foi o pior resultado para um mês de setembro desde 2017.

Nos primeiros nove meses do ano foram 33.178 unidades, queda de 19,6% na comparação com igual intervalo do ano passado. Mas a tendência é de retomada, e a entidade elevou sua projeção para a produção em 2020 para 51 mil unidades, agora 4% inferior ao total do ano passado – em julho, a expectativa era de queda para 48,6 mil unidades.

Segundo os dados divulgados ontem, as exportações continuam atrapalhando os resultados do segmento, ainda esvaziadas pela baixa demanda da Argentina – que até reagiu em setembro, mas diante de uma base de comparação frágil.

Em setembro, as exportações atingiram 838 unidades, com aumento de 26,2% ante agosto mas retração de 12,9% sobre setembro de 2019. Foi o pior resultado para meses de setembro desde 2001, conforme a Anfavea. Nos primeiros nove meses do ano foram 6.535 unidades, queda de 32,5%. Para 2020 como um todo, a expectativa é de redução de 31%, para 8,9 mil unidades.

Fonte: Valor Econômico.

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