Os procedimentos adotados para isolamento do caso de estomatite vesicular detectado em animais bovinos de Mato Grosso devem minimizar os impactos no mercado. As medidas de segurança executadas no estado para o controle da doença atendem o padrão exigido pelo Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), bem como para a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
Conforme anunciado pelo Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT) nesta segunda-feira (21), amostras de dois animais doentes, provenientes de uma fazenda no municípios de Castanheira, foram encaminhadas para exame no Laboratório de Referencia Nacional do Mapa em Minas Gerais (LANAGRO-MG), confirmando a presença da estomatite.
Para o superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari, a situação coloca em alerta o setor para o contínuo monitoramento da sanidade do rebanho. “Os produtores continuam fazendo a sua parte. Temos a obrigação de manter a qualidade da carne bovina exigida pelos mercados compradores”. Ele acredita que não haverá grandes prejuízos, já que foi descartada a ocorrência de febre aftosa nesses animais.
Conforme ele, a interdição de 49 propriedades rurais na região faz parte do controle sanitário exigido neste caso. “Fizemos a nossa parte, tomando todos as medidas adequadas, evitando grandes prejuízos”, diz. A coordenadora de Controle de Doença dos Animais do Indea, Daniela Soares, destaca que uma vez acionadas as instâncias superiores, em virtude do Estado de Alerta, foi convocado o Grupo Especial de Atenção a Suspeita de Enfermidades Emergenciais ou Exóticas para tomar as medidas necessárias.
De acordo com ela, estão sendo executas ações de mitigação de risco, principalmente a desinfecção de instalações e restrição de trânsito animais vivos, produtos, subprodutos de origem animal. Doença – A estomatite vesicular (EV) é uma doença pecuária das Américas, devendo os rebanhos afetados serem submetidos ao isolamento até o final do curso da doença. A EV é semelhante a três doenças animais: febre aftosa, doença vesicular dos suínos e exantema vesicular dos suínos.
O diagnóstico diferencial dessas doenças é importante, já que um diagnóstico errado poderia mascarar a disseminação de uma doença exótica. O diagnóstico precoce também é importante na contenção dos focos de EV. As espécies afetadas no Brasil são os cavalos, jumentos, mulas e burros, bovinos, suínos, e humanos. Ovinos e caprinos são relativamente resistentes e raramente demonstram sinais clínicos.
Fonte: ACRIMAT, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.