A implementação da fiscalização por autocontrole pode amenizar o déficit de auditores e o baixo orçamento da defesa agropecuária. Neste ano, a área conta com R$ 234 milhões reservados.
Em relatório, o Tribunal de Contas da União (TCU) apontou uma defasagem de 1,5 mil servidores. Hoje, 2,5 mil estão em atividade, segundo o Anffa, sindicato da categoria. Em 2000, o efetivo era de 4 mil. Outra preocupação é com as aposentadorias: 36% dos auditores têm mais de 50 anos e 17% estão aptos a deixar o serviço.
“Não houve reposição e a categoria envelheceu. É difícil o Estado ter um sistema idêntico ao que tinha há 30 anos. Há que se pensar em um sistema que tenha participação privada, mas não vemos essa discussão a longo prazo”, disse o auditor Antônio Andrade.
O Ministério da Agricultura admite a defasagem e a necessidade de reforço – também justificada pela abertura de novos mercados -, mas trava na necessidade de enxugar a máquina pública. “Estamos usando alterações de metodologias e procedimentos para ter ganho de produtividade com a força de trabalho reduzida”, explicou o secretário de Defesa Agropecuária, José Guilherme Leal.
Fonte: Valor Econômico.