Produção menor: A quantidade de carne produzida no primeiro semestre de 2015 diminuiu. De acordo com dados do IBGE, a produção nacional de carne bovina totalizou 3,66 bilhões de quilogramas de carcaça no 1° sem/15, essa quantia foi 7,14% menor em relação à do mesmo período do ano anterior. Em Mato Grosso a re- dução foi mais acentuada, o Estado produziu 564 milhões de quilogramas, 11,55% a menos em relação ao 1°sem/14. Redução essa resultante da baixa oferta de animais pela qual o Estado vem passando, em núme- ros absolutos foram abatidas 436 mil cabeças a menos dentre os períodos em questão. Apesar dessa queda de produção/abate, Mato Grosso continua como o maior produtor de carne bovina, sozinho representou no último semestre 15,40% de toda a produção nacional, se mostrando um estado fundamental para suprir a demanda pela proteína bovina, tanto de seu mercado interno quanto em outras unidades da federação.
– Tanto a arroba do boi gordo quanto a da vaca gorda se mantiveram praticamente estáveis, valorização de 0,21% e desvalorização de 0,16%, respectivamente.
– O preço do bezerro de ano desvalorizou 0,65% durante a última semana, sendo cotado a R$ 1.202,63/cab.
– Para os contratos futuros com fechamento para out/15, a arroba do boi gordo se desvalorizou durante a semana e chegou a R$ 147,69.
– A arroba mato-grossense se valorizou um pouco menos que a arroba paulista; com isso,o diferencial de base caiu 0,57 p.p. e fechou a semana em 13,28%.
MESMA DIVISÃO: Assim como em 2014, durante o primeiro semestre de 2015 cerca de 25% de toda a produção de carne mato-grossense foi direcionada à comercialização internacional. O Estado produziu no referido período 564,3 mil toneladas em equivalente carcaça (TEC), 11,55% a menos que no primeiro semestre de 2014. Nesse mesmo tempo, as exportações do Estado somaram 139,9 TEC, sendo 12,14% menor que as do mesmo período de 2014. Entre jan/14 e jun/15, o real desvalorizou mais de 23% frente ao dólar; porém, o volume de exportação não reagiu ao estímulo da alta do dólar na mesma intensidade, pois as exportações permaneceram na mesma proporção média (25% da produção). Isso demonstra em parte a existência de outros fatores que também influenciam diretamente as exportações, além do dólar e a importância do mercado interno nacional para a absorção da produção do Estado.
Observações:
8 – Considera-se para o cálculo do equivalente físico do boi gordo um animal de 17 arrobas ou 255 quilogramas de carcaça; 49% do peso advém do traseiro com osso, 39% do dianteiro com osso e 12% da ponta de agulha, todos os cortes com osso no atacado.
9 – Consideram-se para o cálculo equivalente físico do boi gordo + couro/sebo os pesos dos cortes cárneos com osso e o peso do couro e sebo obtido no abate de um bovino.
10 – Consideram-se para o cálculo equivalente físico do boi gordo + couro/sebo + subprodutos o peso dos cortes cárneos com osso no atacado, o peso do couro e sebo e os pesos dos subprodutos da indústria.
11 – Consideram-se para o cálculo equivalente dos cortes desossados + couro/sebo + subprodutos o peso dos cortes cárneos desossados no atacado, o peso do couro e sebo e o peso dos subprodutos da indústria.
12 – Para o cálculo da relação de troca entre o boi gordo e o bezerro de 12 meses considera-se um boi gordo de 17 arrobas.
Fonte: Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).