Pé direito: 2017 inicia-se nutrindo esperanças para as exportações mato-grossenses de carne bovina, visto que janeiro registrou um volume exportado maior que o do mês de dezembro, fato que não ocorria há seis anos. Mato Grosso exportou em janeiro/17 25,37 mil TEC (toneladas de equivalente carcaça), 38,71% a mais se comparado com o mesmo período do ano passado, a receita obtida foi de US$ 81,07 milhões. Dentre os países importadores, o complexo China/Hong Kong continua sendo um dos principais a comprar carne bovina mato- grossense, na comparação com janeiro/16 o país obteve um aumento de 103,26%. E, embora as exportações de janeiro/17 tenham registrado valores favoráveis, isso não deve tranquilizar a indústria, pois o mercado interno é o que impera na bovinocultura de corte, e com sua demanda desaquecida, as exportações não conseguem suprir as necessidades das empresas, funcionando apenas como uma “válvula de escape”.
* A arroba do boi gordo e da vaca gorda manteve-se estável nesta semana, ficando cotada a R$ 125,47 e R$ 121,36, respectivamente.
* O preço do bezerro de ano reagiu e obteve um aumento de 0,68% no comparativo semanal, ficando cotado a R$ 1.111,67/cab.
* Puxados pela desvalorização da carne com osso no atacado, todos os equivalentes apresentaram recuo nesta semana, o equivalente físico registrou redução de 1,06%.
* Em janeiro/17, foram abatidas 427,42 mil cabeças em Mato Grosso, os machos registraram queda de 7,86% na comparação com o mês anterior, sendo abatidas 227,71 mil cabeças.
FÊMEAS EM ALTA: De acordo com os dados divulgados nesta semana pelo Indea-MT, o anate total de bovinos no mês de janeiro/17 chegou a 427,41 mil cabeças. Ao analisarem-se os dados separados por sexo, nota-se que as fêmeas já começam a compor a linha de abate com maior intensidade, após atingirem outubro/16 uma das menores representatividades da história (28,35%), somente em janeiro/17 foram abatidas 199,70 mil fêmeas. Como observa-se no gráfico abaixo, o momento atual é de maior participação de fêmeas (sazonalidade anual referente à estação de monta). No entanto, tal processo está sendo intensificado devido ao ciclo pecuário vivenciado atualmente, no qual há bezerros com valores em queda e produtores com pastos superlotados ofertando mais fêmeas. Diante disso, o movimento que deve se concretizar nos próximos meses é de uma composição ainda maior de fêmeas na linha de abate, podendo deteriorar ainda mais o preço da vaca gorda.
Observações:
8 – Considera-se para o cálculo do equivalente físico do boi gordo um animal de 17 arrobas ou 255 quilogramas de carcaça; 49% do peso advém do traseiro com osso, 39% do dianteiro com osso e 12% da ponta de agulha, todos os cortes com osso no atacado.
9 – Consideram-se para o cálculo equivalente físico do boi gordo + couro/sebo os pesos dos cortes cárneos com osso e o peso do couro e sebo obtido no abate de um bovino.
10 – Consideram-se para o cálculo equivalente físico do boi gordo + couro/sebo + subprodutos o peso dos cortes cárneos com osso no atacado, o peso do couro e sebo e os pesos dos subprodutos da indústria.
11 – Consideram-se para o cálculo equivalente dos cortes desossados + couro/sebo + subprodutos o peso dos cortes cárneos desossados no atacado, o peso do couro e sebo e o peso dos subprodutos da indústria.
12 – Para o cálculo da relação de troca entre o boi gordo e o bezerro de 12 meses considera-se um boi gordo de 17 arrobas.
Fonte: Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).