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Mato Grosso do Sul tem 22 espécies de carrapatos identificadas

Alertar e divulgar à população sobre as 22 espécies de carrapatos já identificadas em Mato Grosso do Sul, até o momento, é a finalidade de um cartaz – produzido a partir de informações do Museu do Carrapato – pela Embrapa Gado de Corte, Fundect, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Fiocruz, pelo Instituto Butantã e o Programa de pós-gradução de doenças infecciosas da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.

Segundo o pesquisador da Embrapa Gado de Corte, Renato Andreotti, o carrapato do boi, por exemplo, pode impactar no cenário econômico de Mato Grosso do Sul, por se tratar de um estado importante na cadeia produtiva de bovinos do País, além de causar problemas como a transmissão de doenças para humanos.

“O agente da febre maculosa brasileira, que é transmitida por carrapatos do gênero Amblyomma, circula no estado, sendo necessárias medidas de saúde pública. Temos três publicações sobre o tema e com esses trabalhos já conseguimos sensibilizar a Secretaria de Saúde do Estado e fazer um treinamento para os técnicos do setor de zoonoses sobre identificação de carrapatos, importância e diagnóstico da doença”, informa o pesquisador.

Além disso, o carrapato pode transmitir vírus e outros agentes potencialmente patogênicos. Outra informação importante é que, ao picar alguém, o carrapato não apenas suga o sangue, mas também injeta substâncias para evitar a reação do organismo do hospedeiro. “Quando ele faz isso, ocorre uma imunossupressão no local da picada que facilita o desenvolvimento dos agentes transmitidos”, diz Andreotti.

 

Na Embrapa Gado de Corte são desenvolvidas tecnologias para a saúde animal, além de conhecimentos estratégicos visando contribuir com a entrega de outros subprodutos à sociedade como, por exemplo, desenvolvimento de vacina contra o carrapato; controle químico do carrapato; teste carrapaticida aos produtores e avalição do fitoterápico originário da Tagetes minuta para controle dos carrapatos de boi, cavalo e cães a partir do óleo essencial dessa planta.

“Tanto a vacina, quanto o fitoterápico, são alternativas para tecnologias que agridam menos o meio ambiente e forneçam um produto mais seguro ao consumidor sem contaminação dos produtos de origem animal”, conclui o pesquisador.

Clique aqui para acessar o site do Museu do Carrapato.

Fonte: Embrapa Gado de Corte, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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