A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) pretende criar um comitê sanitário agropecuário com o objetivo de organizar um plano de ação para preparar o Estado para a retirada da vacinação contra a febre aftosa.
Em nota, a Famato argumenta que a discussão sobre o fim da vacinação contra a doença é uma tendência no Brasil e em outros países da América do Sul. “Uma das vantagens é conquistar outros mercados consumidores, com rigorosas exigências sanitárias como a Austrália e o Japão, contribuindo para aumentar a receita e o volume das exportações. Mas, para isso, Mato Grosso precisa estar com os órgãos de defesa sanitária preparados para garantir maior segurança ao rebanho bovino”, diz a entidade na nota.
O assunto foi discutido com representantes da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Fundo Emergencial de Saúde Animal (Fesa), Superintendência do Ministério da Agricultura e Pecuária em Mato Grosso (SFA-MT), Associação dos Criadores de Suínos (Acrismat) e Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT). A reunião foi uma prévia para alinhar as informações que devem ser levadas para um encontro com o grupo técnico de sanidade animal da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) dia 19 de agosto, em Brasília.
Conforme a Famato, Mato Grosso não registra desde 1999 foco da doença. O último episódio de febre aftosa no Brasil ocorreu em 2006 no Paraná, Estado que está pleiteando junto ao Ministério da Agricultura o reconhecimento de área livre de febre aftosa sem vacinação. Atualmente apenas Santa Catarina detém o status de livre de aftosa sem vacinação.
Fonte: Estadão Conteúdo, adaptado pela Equipe BeefPoint.