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1 de abril de 2011

Mataboi envia primeiros esclarecimentos sobre RJ

O frigorífico Mataboi enviou ontem ao BeefPoint, por intermédio do seu diretor administrativo e marketing, Rubens Vicente, os primeiros esclarecimentos sobre o pedido de recuperação judicial.

O frigorífico Mataboi enviou ontem ao BeefPoint, por intermédio do seu diretor administrativo e marketing, Rubens Vicente, os primeiros esclarecimentos sobre o pedido de recuperação judicial. Pedimos a realização de uma entrevista por telefone. Se você tiver alguma pergunta específica, por favor comente no espaço abaixo. Vamos manter informações atualizadas sobre mais esse pedido de RJ.

Abaixo publicamos as principais partes do esclarecimento enviado por email. Os tópicos sublinhados são anotações do BeefPoint, que também resumiu, deixando apenas as partes mais importantes.

Histórico
A MATABOI foi fundada em 1949, e em 1974, o Frigorífico Mataboi Ltda. torna-se uma Sociedade Anônima de capital fechado. A partir de 2.007, a empresa passou a operar plantas frigoríficas em pontos estratégicos, nos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Goiás, crescendo e ampliando sua capacidade diária de abate de animais. Hoje tem capacidade de abate de 2.800 cabeças, dividida em quatro plantas.

Números atuais
Chegou a empregar cerca de 4.000 funcionários até 2010, o que representa mais de 40.000 empregos indiretos. Hoje, conta com cerca de 2.000 funcionários. Possui mais de 2.000 clientes cadastrados no mercado interno brasileiro, com vendas para redes de supermercados, fabricantes de derivados de carne, varejões, açougues etc.

Mercado
Possui hoje um valor estratégico para o mercado em função da recente consolidação do setor, que pressiona todos os participantes da cadeia a investirem, para não serem ultrapassados por seus concorrentes.

Crise de 2008
Contudo, por razões estranhas à sua vontade e imprevisíveis – até 2007 a empresa tinha uma situação financeiramente estável, a MATABOI sofreu de forma aguda os efeitos de uma das maiores crises financeiras da história mundial.

Apesar do aumento do volume de receitas no exercício de 2008, o seu resultado líquido foi drasticamente reduzido.

Razões para a crise
Entre as principais razões desta sua crise passageira, destacam-se a redução da oferta de matéria prima (boi), a crise de confiança no setor e a queda expressiva no volume das exportações brasileiras. O surgimento da crise econômica, ampliada em setembro de 2008, que começou nos Estados Unidos e se alastrou pelo mundo, provocou uma forte queda no consumo internacional de alimentos, prejudicando as empresas nacionais que vendiam carne para todo o mundo.

Porém, nenhum destes fatores negativos foi mais nocivo à empresa e ao ramo frigorífico como um todo quanto a ação agressiva da concorrência. Alguns grandes grupos passaram a investir vultosas quantias no mercado frigorífico, municiados por financiamentos públicos obtidos mediante muitas promessas de investimento na capacidade de abate brasileira como um todo (sendo que parte destas promessas não foram cumpridas, deixando somente alguns frigoríficos extremamente capitalizados).

Concorrência pesada
Estes grandes grupos inundaram o mercado com compras gigantescas de gado, fazendo com que o preço desta matéria prima básica disparasse. Por outro lado, estes mesmos grandes grupos, ao adquirirem carne em excesso, negociaram com os grandes grupos de varejo e inundaram o mercado com carne barata, criando assim uma grande crise por demanda.

12 RJs em 2 anos
No meio de toda esta nova realidade, se achavam o Mataboi e outras empresas do ramo, que, não financiadas por dinheiro público, encontravam o pior cenário possível: preço alto para a compra do gado, preço baixo para a venda da carne.

Tanto é verdade, que nos últimos 24 meses, dentre as quinze maiores companhias de abate de bovinos, 12 empresas pediram recuperação judicial até o momento.

Financiamento privado
Para tentar competir, esta empresa, que em sessenta anos de história nunca se utilizou de financiamentos públicos, só poderia buscar recursos no mercado financeiro privado. Mas com a crise econômica mundial, os juros para financiamento de produção ficaram altos, bem como ficou raro o acesso ao crédito. Esta escassez de crédito se alastrou, prejudicando a MATABOI diretamente, e provocando uma forte desaceleração no crescimento da economia, o que debilitou ainda mais o faturamento da empresa, bem como sua rentabilidade.

Em conseqüência, esta empresa encontra-se em episódica crise econômico-financeira, apesar dos mais diligentes esforços de seus administradores para vencê-la, como a busca de novos investidores e de recursos no mercado financeiro para formação de capital de giro e um necessário corte de custos.

Receita bruta
Porém é indiscutível a viabilidade operacional da empresa. No exercício de 2008, apesar da crise mundial, teve receita bruta superior a R$ 695 milhões. Em 2009, com recuperação parcial da economia mundial, obteve a impressionante receita bruta de vendas no valor total de R$ 1,023 bilhão acumulados. No exercício de 2010, apesar de já sofrer os efeitos de sua crise, obteve-se uma receita bruta de vendas no valor de R$ 1,158 bilhão.

Banco BTG Pactual retirou linha de crédito
Somando-se a todo este contexto negativo, a empresa também foi vítima de inesperados e desmotivados bloqueios de recursos em conta bancária de sua titularidade, chegando a sofrer bloqueios de mais de R$ 2 milhões em um único dia, perpetrados por uma instituição financeira (Banco BTG Pactual) que se sentiu justificada em assim agir em garantia a cédulas de crédito bancário que vinham sendo regularmente pagas, e em que pese tais créditos já se encontrarem garantidos por outras modalidades previstas em contrato. Tal situação é objeto de demanda judicial envolvendo as partes.

Abates retomados
Continua em normal atividade em sua sede em Araguari fazendo desossa e corte, tendo somente paralisado o abate por uma semana, abate esse retomado nessa data.

Plano nos próximos 60 dias
Apresentará em cerca de 60 dias um plano de reestruturação e de como pretende pagar seus credores. Seu passivo está em torno de R$360 milhões, basicamente com bancos e fornecedores, e seu faturamento em 2010 foi R$1,158 bilhão.

A recuperação judicial tem como advogado Julio Kahan Mandel, de Mandel Advocacia, e como consultora a empresa Erimar Consultoria, as mesmas que recentemente representaram a Frigol, que teve seu plano de recuperaçao aprovado pelos credores semana passada.

Comentários BeefPoint:

– Nos esclarecimentos apresentados, a empresa não comentou sobre seu resultado líquido (lucro), apenas sobre o faturamento.
– Os pecuaristas precisam de mais empresas abatendo, para que haja maior concorrência.
– Mais um pedido de RJ que comprova a necessidade dos pecuaristas venderem apenas a vista.
– Outra opção é desenvolver um método de avaliação de crédito dos frigoríficos, o que não é muito fácil. Temos conhecimento apenas de uma associação de pecuaristas que realiza esse trabalho, com sucesso: a ACGC Norte MG (link de artigo).
– Estamos em contato com diretores e proprietários do Mataboi, para uma entrevista nessa sexta-feira (ainda não confirmada por eles). Envie sugestões de perguntas, comentando abaixo.

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0 Comments

  1. Luis Fernando Bastarrica Gomes disse:

    Por quê? um frigoríco como o Mataboi que atua desde 1949, passa por tal dificuldade, já que o Marfrig frigorífico relativamente novo, só se vê comprando plantas por todos os lados, seria incompetênciado Mataboi ou facilidade do Marfrig em tirar dinheiro sabe lá da onde para fazer oque faz

  2. Andre Augusto Sebe Filippo disse:

    Como o Mataboi pretende obter crédito dos pecuaristas para voltar as compras de gado?

  3. Luis Henrique Lopes Lyra disse:

    foi boa a esplanação sobre a “concorrência desleal” e atitudes do tipo; “tiro no pé”, como comprar o gado caro e vender a carne cara..rsss…

    Trabalho em frigorifico há muito tempo e acompanhei a transição de matadouro para industria frigorifica, e sei que hoje, é muito mais caro tocar um frigorífico !

    Na matemática, 1 + 1 = 2, e infelizmente, com os vários problemas que assolam a cadeia, problemas que vão desde a falta de matéria-prima (gado) até os favorecimentos financeiros à grandes grupos, na minha opinião ,o que ainda impera é a FALTA DE UNIÃO DO SETOR. Ainda não chegamos ao concenso que não é o pecuarista, ou o frigorífico ou o distribuidor da carne, o problema, e sim é “casa dividida” que se tornou a cadeia, cada um pro seu lado ! Sei que concorrência é bom e necessária, lucro é bom e vital, mas se ninguém abrir mão de um pouquinho, continuaremos a patinar e não sair do lugar.

    Ou a gente dá as mãos, “senta” e traça um caminho, ou “QUE VENHA A PRÓXIMA RJ”

  4. Antonio Pires Braga Júnior disse:

    Eu já estava sentindo isto. À 2 anos atraz, foi o Independência. Levei 14 meses para receber 67 mil reais. Agora, o Mataboi me deve 32 mil. Minhas perguntas:
    – Vou recebê-los?
    – Quando, e como?
    – Os valores serão corrigidos? Como? ( O Independência, demorou mas corrigiu)

    Fico no aguardo de uma resposta, tão logo voces tenham estas informações.
    Grato,
    Antônio Braga

  5. Marco Roberto Ribeiro disse:

    Com a gestao que tem era provavel que iria acontecer isto, nao dao importancia nenhuma para o cliente, agora vao sentir o peso da mal administração.

  6. Roberto F Santos Filho disse:

    Agora Acontece o seguinte eles param uma semana e depois começa a matar comprando a vista com o dinheiro dos invernistas mesmo.Só que agora o pagamento é avista e o pior continuam matando do mesmo jeito como todos fizeram………..

  7. JOSE FRANCISCO SOARES ROCHA disse:

    Lamentamos a paralização de mais uma emprêsa do setor,com perdas para produtores(leia-se acima),com perdas de empregos treinados,todos também gerando mais inadimplência em outros setores.Tivemos recentemente clientes com casos comoventes junto a familia e sociedade que investiram seu trabalho e capital nestas emprêsas.Achamos que o mundo globalizado realmente requer melhor gerenciamento dos negocios, e em virtude disto não concordamos em absoluto com a mesma desculpa de sempre,que estão quebrando em virtude não terem apoio do governo.Infelizmente no segmento frigorico as empresas não se atualizaram,não se planejaram,continuaram arcaicas atuando como grandes açougues, e infelizmente no mundo atual não há espaço para imconpetência.
    Além dos problemas de gestão,há tambem os caloteiros que com dinheiro dos produtores compraram,terras,gado de elite,imoveis,etc.É uma pena!!!

  8. ANTONIO ALBERTI disse:

    Mataboi,na Itália a sua carne estava entre as melhores. O coxão mole para fazer a famosas BRESAOLAS, era o mais pedido.Apoio tudo o que afirma o Sr.Rubens Vicente e espero que consigam voltar ao mercado.
    Nos somos agentes de exportação e os meus clientes da Itália todos os dias pedem noticias do Mataboi. Abraços.

  9. Armson Silva Fernandes disse:

    Murilo Dorazio (Mata Boi),
    Não é assim que você está acostumado a comprar boi da minha família.
    NÃO ESPERAVA ISSO DE VOCÊ.
    ARMSON SILVA FERNANDES – PATOS DE MINAS/MG

  10. Vanderlei Pereira disse:

    Usou da Sinceridade, é isso mesmo o que ocorre hoje, to meio disso e sinto os mesmos efeitos, como pode a @ do Boi custar hoje R$ 91,00 e o JBS e Marfrig venderem ou praticarem preços que praticam no mercado varejista, A conta não fecha, mas como o meu dinheiro o da minha neta e todo cidadão brasileiro ta la financiando essa desgraça tudo pode acontecer. Não é facil a situação, conheço essa gente do Mataboi são pessoas da melhor idoniedade possivel, com certeza irão honrar os compromissos em aberto, mas até continuar no segmento de Frigorifico acho que isso não irão mais.

  11. DANIEL ALVES DA SILVA disse:

    Eu acho que frigorifico com bom `credito` e aquele que so compra boi
    a vista do produtor rural, o produtor rural fica com boi no pasto
    bancando a vista com auto custo durante 3 anos,o frigofico compra o boi ja vendido e a abate em segundos.( eu acho…)

  12. SIDNEI ALVES TELES disse:

    Estou no mercado de carnes trabalhando em vários frigor. desde 93, na reportagem vimos que num periodo de 2 anos, de 15 grandes frigorificos, 12 pediram recuperaçao judicial, se neste periodo acontecesse 1 ou até 3, entenderiamos que foi má administração mas 12 FRIGORIFICOS..é de se estranhar!!!
    Na minha vida comercial, vejo isto como uma estrategia a medio prazo, comandado pelos 2 grandes frigorificos. pensem comigo:
    –MATERIA PRIMA
    Para os pecuaristas, os grandes hoje são o melhor negocio no momento, pagam valores melhores e com um liquidez certa. Isto faz com que os pequenos frigorificos sem condiçoes tenha que acompanhar.
    –NO VAREJO
    Os grandes, consegue devido ao estoque, derrubar os preços em alguns momentos de ate 2 reais por quilo, veja um ex: aconteceu no começo de janeiro que o filet mignon estava sendo vendido na faixa de r$ 21 a 22, eles praticavam preços na faixa de 19 a 20 reais o quilo.
    Enfim, como pode, o boi ou vaca, tem um preço proximo de igual a todos, e nos cortes, conseguem uma diferença de ate 30%. Onde fica, ou melhor, de onde vai tirar o prejuizo?
    Meu alento a todos, é não pensar só no presente, lembremos que temos uma historia passada, e tambem uma historia para contar. Vejam com cautela o que os grandes eram e o que eles estao querendo se transformar ou melhor o que eles ja se transformaram…

  13. wilson cuencas disse:

    e uma pema uma empresa como mataboi chegar nessa situaçao pois trata se de pessoas da mais inteira seriedade torço para que eles consiguam resolver o mais rapido, possivel. que nao seja a venda para os grandes grupos.

  14. Cláudio Luís Machado de Oliveira disse:

    Não entedi a explicação com relação ao item concorrencia pesada, no tocante ao custo da materia prima(gado), em nossa região o Mataboi sempre teve o maior preço de compra, mesmo tendo crédito com os pecuaristas. Apesar de afirmar que sofreu com a concorrencia, seus preços altos na compra, contaminava toda a região.
    Todos seus concorrentes foram forçados a praticar preços semelhante. Os pequenos frigorificos próximos as unidades do mataboi foram extremamente prejudicados com esta politica agressiva de compra.

  15. Evándro d. Sàmtos. disse:

    Qual é a explicação do Mataboi após explicações em seu texto como esta?
    ” Receita bruta
    Porém é indiscutível a viabilidade operacional da empresa. No exercício de 2008, apesar da crise mundial, teve receita bruta superior a R$ 695 milhões. Em 2009, com recuperação parcial da economia mundial, obteve a impressionante receita bruta de vendas no valor total de R$ 1,023 bilhão acumulados. No exercício de 2010, apesar de já sofrer os efeitos de sua crise, obteve-se uma receita bruta de vendas no valor de R$ 1,158 bilhão.”

    Se tinham um faturamento crescente em momentos mais agudos,porque agora estão nesta situação?

    No meu entender quando uma empresa entra em recuperação,pelo menos nesta situação,deve ser mais transparente,humilde mesmo.

    Este tipo de postura,onde poucas informações são dadas ao mercado só faz piorar a situação de empresas que desta forma se portam.

    Lamentável!

    Saudações,

    EVÁNDRO D. SÀMTOS.

  16. eduardo ramalho disse:

    so a vista!!!!
    so a vista!!!
    so a vista!!!
    so a vista!!!
    so a vista!!!
    vamos moralizar o setor,quem compra a vista ,não da chapeu ,e nem perde dinheiro ,pois ninguem vai por o dinheiro na frente para perder!!!
    so a vista!!!
    so a vista!!!
    abraço a todos.

  17. Silvio de Melo e Souza disse:

    É verdade que o MATABOI recolheu durante muito tempo o Fundo Rural em juízo e que tem direito de sacar este dinheiro, dado que teve sentença favorável para o não recolhimento deste tributo?
    E se isso for verdade, é possível usar este dinheiro para pagar os pecuaristas?

  18. Marcos Francisco Peres disse:

    É sempre o mesmo bla bla bla. O fato é que o pecuarista deve vender SÓ A VISTA, antes de carregar o boi.

  19. ALAMIR LISBOA MELO disse:

    Que “outras” empresas recebem dinheiro público ( suponho via BNDES) e como afirmam isto ?

  20. Bruno Coelho Duarte disse:

    A crise está a porta de todos os frigorificos vários já estão em RJ, até quando o governo vai ficar ameno a isso vendo o mercado onde eramos uns dos lideres Mundias acabando desse jeito um frigorifico atrás do outro, fechando as portas e perdendo cada vez mais mercado para os outros países. (HOJE A CARNE BRASILEIRA SE TORNOU UMA DAS MAIS CARAS NO MERCADO INTERNACIONAL)
    Não estamos conseguindo conter a valorização do real com isso o Dollar está cada vez mais em desvalorização não compensando mais as exportações, hoje estamos com mercado interno super-aquecido. “Vamos esperar mais quantos Exportadores entrarem em RJ para tomarem medidas para recuperamos as exportações”.

  21. renato felicio disse:

    é uma pena , mais uma industria em dificuldade e essa situação só vindo a colaborar para que só restem JBS E MARFRIG. ACORDEM PECUARISTAS , PORQUE A HORA QUE SÓ RESTAREM AS DUAS NÃO VAMOS TER PODER NENHUM DE BARGANHA E NAO MANDAREMOS MAIS EM NOSSO NEGÓCIO , PRECISAMOS TER OPÇÕES. nao sei em outros estados mais aqui em Campo Grande MS, tem duas grandes unidades do JBS , e em nenhuma das duas eles compram no peso vivo, e nem pagam na propriedade antes de retirarem os animais, pelo contrario somente no peso do frigorifico e o avista deles é com 3 dias . A oferta do boi a prazo deles é de 2,00 a mais sobre o avista ou seja um financeiro de 2,10% , o que é mais preocupante ainda pois é uma taxa carissima. Hoje é quase uma unanimidade entre os pecuaristas em venderem a vista no peso vivo ,terminando assim o negocio em seus currais . Porém querem vender a @ no mesmo preço que as famosas industrias grandes oferecem , só que oferecem tal preço em outra modalidade de negócio que nada tem a ver com peso vivo e pagamento antecipado,, ai a concorrencia fica desleal mesmo e nós fornecedores acabamos contribuido com a quebra das pequenas e médias industrias e a monopolização das duas grandes industrias do setor.

  22. NICANOR JESUINO JÚNIOR. disse:

    Fui ao mataboi unidade de araguari – mg em 2009,apos a quebra do frigo. margem ….. para ver se me comissinava para mandar bois do sul do pará para eles… o mercado permitia na epoca . a resposta veio do diretor da compra de bois ( um sr. baixo e barrigudo , não me lembro seu nome ) – “´ eu não compro bois do bioma amazonia.´´ tudo bem… vai comprar cana . milho e soja para seu frigo. na minha opinião os pontos de compras tambem influenciaram na rj. os fundadores eram otimos pagadores.
    vamor torcer que ele pegue os caminhos seguidos do independencia….pois caso contrario se for os caminhos do margem ninguem vai receber nada….
    aqui no sul do para e norte do tocantins até hoje o margem não pagou ninguem …..
    vamos vender so a vista , pesou ,,,, pagou ,,,, levou. ah. ia me esquecendo confira com o seu ´´´´´´ gerente de confiança ´´´´´ se o dinheiro já está na sua conta e .. retire logo pois o frigorifico ainda pode estornar a orpag…dizendo que o cpf estava trocado.
    quem escreve — sou eu …. tenho 06 cheques sem fundos do margem ,,, e por causa disto ainda não controlei minha situação financeira..
    amigos produtores…so liberem se for a v i s t a de verdade. levar os bois , transportar… matar…para pagar com 2a 3 dias apos o abate não é a vista .. isto é venda a prazo de 5 a 6 dias — u t é i s…
    .
    e como diz o sr. jeronimo maria – pecuarista na regiao do rio pau d´arco :
    – ” dinheiro de trouxa … é matula de malandro.”

    um grande abraço a todos os que realmente trabalham e produzem.

  23. Paulo Francisco de Nardo disse:

    Quando fiquei sabendo dos preços praticados em torno de $ 2,00 reais a mais no valor da @ na região de Santa Fé de Goias para a compra de animais para o abate, desconfiei na hora se não é verso é trova ja dizia meu avô que era um Calabres de muita sabedoria,meus caros pecuarista e neste conjunto tambem me encontro não podemos achar que papai noel existe , temos mesmo é que vender a vista, deixar a boiada fechada ,pesar no outro dia bem cedo e combinar o rendimento e receber a vista.

  24. Ozorio Vilela Neto disse:

    Sou fornecedor de gado para o Mataboi,e tambem para os outros da região, felizmente estou fora desta RJ.
    O pior de sua paralização,alem é claro, do não pagamento aos seus fornecedores, é a perda do único frigorifico na nossa região, que tinha o peso com o Kilo mais proximo de 1000 gramas.

  25. francisco dos santos disse:

    recuperacao judicial ou moda no setor frigorifico brasileiro os proximos da fila jbs ou jbnds e marfrig, motivo … compra mal e vende pior ainda, custo operacional altissimo, muita gente e pouco boi, final feliz rj rapidinho..

    boi so a vista e peso vivo com pernoite pra ajudar e incentivar os compradores

  26. Christovan Bazan disse:

    Nosso Brasil, é um Paiz extraordinario, temos um clima favoravel, não sofremos com os desastres que recentemente abalaram nossos companheiros e irmãos japoneses, mas o que está acontecendo conosco é incrivel, estou entre os que entregaram seus produtos ao Mata boi, depois de ouvir as informações, do gerente do BB alias, onde descontei a referida NP, no paralelo, que a referida firma era de uma lisura a toda prova. Estavam efetuando os pgtos em dia. Nos não conseguimos por preço naquilo que vendemos. Nos submetemos as condiçoes oferecidas pelos frigorificos. Agora, uma simples pergunta, o que significa a palavra Cartél, como ficamos?

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