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Mataboi: credores se unem para acompanhar recuperação

Os credores do frigorífico Mataboi na região Sul do Mato Grosso decidiram durante reunião na tarde desta terça-feira (5), no Sindicato Rural de Rondonópolis, que vão participar de forma unificada do plano de recuperação da empresa. O frigorífico fechou a unidade de Rondonópolis/MT no último dia 28 e fez o pedido de recuperação judicial na Comarca de Araguari/MG. A dívida com pecuaristas e demais fornecedores, somente da região Sul do Estado, pode chegar a R$ 20 milhões.

Os credores do frigorífico Mataboi na região Sul do Mato Grosso decidiram durante reunião na tarde desta terça-feira (5), no Sindicato Rural de Rondonópolis, que vão participar de forma unificada do plano de recuperação da empresa. O frigorífico fechou a unidade de Rondonópolis/MT no último dia 28 e fez o pedido de recuperação judicial na Comarca de Araguari/MG. A dívida com pecuaristas e demais fornecedores, somente da região Sul do Estado, pode chegar a R$ 20 milhões.

Para o presidente do Sindicato Rural, Miguel Weber, os pecuaristas não tem nenhum amparo em situações como essa. Além disso, na opinião de Weber, o fechamento da planta provoca um efeito cascata, pois atinge de forma indireta dezenas de empresas e seus colaboradores com a falta de pagamento. Para alguns fornecedores, o Mataboi já acumulava, antes do fechamento em março, mais de três meses de atrasos.

A assessoria jurídica do Sindicato Rural orientou os cerca de 80 credores presentes na reunião sobre os procedimentos e iniciativas que podem ser adotadas durante os trâmites do plano de recuperação do frigorífico. De acordo com o advogado Sérgio Guareschi, após o deferimento do plano de recuperação, os pecuaristas e demais fornecedores têm 15 dias para verificar se estão habilitados na relação de credores do Mataboi. Se a empresa ficar fora da habilitação corre o risco de não receber.

O frigorífico tem o prazo de 60 dias após o deferimento para apresentar o plano de recuperação aos seus credores. Carlos Augusto Zanata, representante da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), orienta que esse é o momento dos produtores rurais unirem as forças e comparecerem na Assembléia Geral dos Credores, que será realizada em Araguari e tem o prazo de 150 dias após o primeiro despacho para ser agendada.

Na Assembléia, o voto de cada credor para dizer se aceita ou não as propostas do plano de recuperação tem a mesma importância e validade. “A força do produtor é comparecer na Assembléia. A presença de um grande número de credores é o que vai favorecer a aprovação do plano da forma que for melhor para os próprios credores”, orientou. O juiz do caso também tem a mesma força de aprovar ou reprovar o plano de recuperação.

Também participaram da reunião representantes dos Sindicatos Rurais de Poxoréu, Pedra Preta, Primavera do Leste, Guiratinga, além de representantes da Associação dos Criadores do Sul de Mato Grosso (Criasul) e da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat). Com a aprovação da proposta unificada, os credores vão rechaçar possíveis propostas do frigorífico de forma individual, pois assim inviabilizam uma solução que atenda a todos, conforme opinião dos dirigentes do Sindicato Rural e da Famato.

Funcionários

Trabalhadores do frigorífico Mataboi que foram demitidos no fim de março, protestaram na quarta-feira (06) em frente a porta da empresa, em Araguari. Eles pedem uma definição sobre o pagamento dos direitos trabalhistas.

Os ex-funcionários tomaram conta da rua em frente à empresa. Eles pediram a rescisão contratual com o acerto de todos os direitos trabalhistas, além do pagamento dos dias trabalhados. No dia 28 de março, o Mataboi demitiu 250 pessoas. O frigorífico é o maior empregador de Araguari. A demissão pegou muita gente de surpresa.

No primeiro encontro com os ex-funcionários, o advogado da empresa revelou que foi aceito pela justiça o pedido para elaboração de um plano de recuperação financeira. Dessa reunião sai um comitê de fiscalização, com a participação, inclusive, de representantes dos trabalhadores.

Pela lei, a empresa tem 60 dias para definir como e quando cada credor irá receber o que tem direito. “Não podemos pagar ninguém em detrimento de outros. Existem vários credores, como pecuaristas e fornecedores”, disse Cláudio de Castro. A única garantia que o advogado da empresa deu aos ex-funcionários é o pagamento da multa de 40% ainda nesta semana. Quanto a rescisão contratual, disse apenas que vai mandar as guias ao Ministério do Trabalho e lá os ex-funcionários devem procurar solução ainda sem data definida. Com as guias, é possível fazer homologação, dar entrada no seguro-desemprego e sacar o FGTS.

As informações são do Olhar Direto e do Globo Rural, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. Louis Pascal de Geer disse:

    Como eu queria ver um fato novo nestas novelas do frigorificos em apuros, partindo de um estudo de recuperação da empresa a ser feito pelos pecuaristas, funcionarios e outros credores.
    As medidas tradicionais no meu ver já foram totalmente ultrapassadas e já provarem que simplesmente não há recuperação nenhuma!
    Vamos mudar o que precisa ser mudado!

    Louis Pascal de Geer.

  2. Jonas A. Sousa disse:

    A quem interessar:

    RECUPERAÇÃO JUDICIAL
    00069 – 0070980.44.2011.8.13.0035
    Autor: Mataboi Alimentos S/A => Vista ao autor.
    Prazo de 0010 dia(s). “Complemente o autor a
    documentação exigida pelo art. 51 da Lei 11.101/05,
    no prazo de 10 (dez) dias. O pedido de fls. 815/819
    será apreciado após a regular instrução da petição
    inicial.”. Adv – Claudio Pimenta de Castro, Júlio
    Kahan Mandel.

  3. João Mauricio Culik disse:

    Boa Tarde a todos, so uma pergunta o proprietario esta com dificuldades ou so a empresa dele, acredito que maioria dos funcionarios que protestaram ganham em media 1000 reais por mes não seria hora de governantes mudar a lei dos empregados das empresas do tipo que eles tem que deixar um valor seguro em caixa ou um bem no valor para estes casos, afinal acredito que valor dos acertos dos 250 funcionarios não deve chegar ao valor da casa ou dos carros que os proprietarios e filhos destes devem ter, pois sempre estao pagando de playboy pelas cidades andando com carros de 100.000 reais acima.

    Acredito que o acerto dos funcionarios e nada para eles.

    Depois como eu vi na entrevista dias atras que a empresa vai voltar poderia partir do inicio e acertar ao menos os funcionarios que na hora que ele preciso matar os bois serviu.

    Grato e desculpa a sinceridade.

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