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Marfrig registra resultado líquido de R$81,2 milhões negativos; confira os planos para redução de custos

Hoje (14/maio), o Marfrig divulgou seus resultados financeiros do primeiro trimestre de 2013 (1T13). A Companhia registrou resultado líquido de R$81,2 milhões negativos no 1T13, comparado a R$34,5 milhões positivos no mesmo período do ano passado. O Marfrig destacou planos que visam reduzir custos da empresa e mostrou ganhos positivos no EBITDA e nível de entrega.

Na terça-feira (14/maio), o Marfrig divulgou seus resultados financeiros do primeiro trimestre de 2013 (1T13). A Companhia registrou resultado líquido de R$81,2 milhões negativos no 1T13, comparado a R$34,5 milhões positivos no mesmo período do ano passado. O Marfrig destacou planos que visam reduzir custos da empresa e mostrou pontos positivos.

O EBITDA, ou seja, os lucros da empresa antes dos juros, impostos, depreciação e amortização somou R$491,1 milhões no 1T13, 19,6% superior em comparação com o 1T12 (R$410,7 milhões e margem de 8,2%). A margem EBITDA no 1T13 foi de 7,6% sobre as vendas, reduzindo 60 pbs se comparada com o 1T12. Entre os fatores que influenciaram a redução da margem EBITDA, destacam-se a redução nas margens das operações da Marfrig Beef, sendo em sua maior parte explicado pela pressão ocorrida nos preços de vendas no mercado interno no Brasil, a sazonalidade do período onde o primeiro trimestre é caracterizado por um menor consumo e as despesas que, mesmo tendo sua participação reduzida em comparação ao 1T12, ainda encontram-se em patamares elevados, conforme explicado anteriormente.

Por outro lado, a melhora do nível de entrega, mensurado pelo indicador “Fill Rate” contribuiu positivamente, retornando aos patamares históricos de 75% ao final do trimestre.

A receita líquida totalizou R$6,42 bilhões no 1T13, 28,3% superior ao mesmo período do ano anterior. O aumento no período é explicado pelo aumento do volume de 15,5% nas operações da Marfrig Beef se comparado ao 1T12, pela subida de 5,8% nos preços médios das operações da Marfrig Beef primordialmente com aumento dos preços de exportação e variação cambial mais favorável, pela adição de 11,7% nos volumes vendidos nas operações da Seara Brasil com aumento de 62,6% no volume de produtos processados e industrializados no mercado interno quando comparado com o mesmo período de 2012 e elevação de preços médios de 31,1% nas operações da Seara Foods. O índice de alavancagem (dívida líquida / EBITDA) ficou em 4,4x contra 4,5x no 1T12.  Segundo relatório, o endividamento bruto consolidado da companhia ao final do 1T13 foi de R$ 12.997 milhões. Do total das dívidas, 28% tem vencimento no curto prazo enquanto 72% no longo prazo.

O aumento do endividamento explica-se pelo fato da neutralidade do fluxo de caixa operacional antes dos investimentos, o qual não foi suficiente para cobrir os níveis de atividades de investimento e de juros provisionados no período.

O resultado financeiro excluindo os efeitos cambiais foi de R$401,1 milhões negativos no 1T13, em comparação com R$341,9 milhões negativos no 1T12. A variação cambial, sem efeito caixa, foi de R$41,1 milhões positivos, contra R$94,6 milhões positivos no 1T12. A geração de caixa operacional apresentou melhora significativa em comparação com o 4T12. O resultado só não foi positivo em função da decisão de aumentar os abates na Marfrig Beef no Brasil e do aumento de utilização de capacidade da Seara Brasil. O relatório das relações com investidores destaca alguns pontos para redução de custos e expectativas de 2013, como por exemplo o fechamento de quatro unidades produtivas da Seara Brasil, com diluição de custos fixos e previsão de economia de fluxo de caixa de R$ 23 milhões em 2013 (R$ 33 milhões anualizados) e racionalização do footprint logístico, com redução de pelo menos quatro centros de distribuição e previsão de economia de até R$ 20 milhões em 2013 (R$ 38 milhões anualizados).

A Marfrig Beef deve fechar duas unidades produtivas na Argentina com economia prevista de fluxo de caixa de R$ 30 milhões em 2013 e redução da estrutura de confinamentos no Brasil, Argentina e Uruguai liberando aproximadamente R$ 70 milhões em fluxo de caixa ao longo de 2013.

Fonte: Marfrig, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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