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Marfrig reduziu prejuízo no período

Impulsionada pela ampliação da capacidade no Brasil, a Marfrig Global Foods manteve sua trajetória de recuperação no terceiro trimestre do ano. A companhia ainda ficou no vermelho, mas a perda foi menor.

Entre julho e setembro, o prejuízo líquido da Marfrig foi de R$ 58,4 milhões – havia sido de R$ 156,9 milhões um ano atrás.

O CEO da Marfrig, Martín Secco, comemorou a rápida resposta da divisão de carne bovina da empresa. Desde o segundo semestre, a Marfrig já reabriu cinco frigoríficos no Brasil. Com isso, os abates mensais aumentaram mais de 30%, saindo de 190 mil cabeças em junho para cerca de 250 mil cabeças, afirmou ele.

Nesse processo, a Marfrig ganhou espaço nas exportações e também no mercado interno de carne bovina. Segundo Secco, as exportações da Marfrig cresceram 98% no terceiro trimestre. Ao todo, a empresa exportou 72,1 mil toneladas de carne bovina no período, ante 36,4 mil toneladas do produto no mesmo intervalo de 2017.

Diante do aumento de capacidade, a divisão de carne bovina (Marfrig Beef) passou a representar uma fatia maior das vendas. No terceiro trimestre, a divisão respondeu por 53% da receita líquida da empresa. A subsidiária americana Keystone, que fornece carnes para redes de food service, responde pelo restante. No trimestre passado, a Keystone representava mais de 50% da receita.

A receita líquida da Marfrig somou R$ 4,8 bilhões no terceiro trimestre, alta de 11% ante os R$ 4,3 bilhões de igual período de 2016. Na mesma base de comparação, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado da Marfrig aumentou 41%, somando R$ 490 milhões. Com isso, a margem Ebitda ajustado aumentou 2 pontos percentuais, para 10,1%.

Na Marfrig Beef, o Ebitda ajustado cresceu 67% na comparação anual, chegando a R$ 246 milhões no terceiro trimestre. Aproveitando o boi mais barato no Brasil e o espaço aberto pela crise que atingiu a JBS, a Marfrig conseguiu elevar a margem Ebitda ajustada do negócio de carne bovina em 2,5 pontos, para 9,5%.

Na Keystone, a Marfrig voltou a reportar desempenho recorde. No terceiro trimestre, o Ebitda ajustado da subsidiária cresceu 25%, somando US$ 77 milhões. A margem Ebitda ajustada da Keystone subiu 1,8 ponto percentual, passando de 9% para 10,8%.

Aposta da Marfrig para acelerar a redução do endividamento, o IPO da Kesytone nos EUA deverá ficar para 2018, reconheceu o CEO da Marfrig. Até então, os executivos da empresa trabalhavam com a intenção de realizar a operação no mercado de capitais neste ano. Mas a “janela” para o IPO deve ser mesmo no ano que vem. A decisão pode ter impacto negativo na ações da empresa, visto que os analistas esperavam o IPO neste ano.

Apesar disso, Secco reafirmou a convicção de que, com o IPO, a Marfrig atingirá a meta de reduzir sua alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda em dose meses) para 2,5 vezes no fim de 2018. No terceiro trimestre, esse índice ficou em 4,36 vezes, abaixo das 4,55 vezes reportadas no fim de junho.

Fonte: Valor Econômico, adaptada pela Equipe BeefPoint.

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