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Marfrig quita dívidas mais caras e reduz juros anuais

Após captar R$ 900 milhões em dezembro com a emissão de novas ações, a Marfrig Global Foods trabalha para reduzir o custo das dívidas neste início de ano. A empresa resgatou antecipadamente um título de dívida mais caro, o que permitirá uma economia anual da ordem de US$ 35 milhões (cerca de R$ 145 milhões) em despesas com juros.

Ao todo, a Marfrig resgatou US$ 446 milhões em notes que venceriam em junho de 2023. Os papéis, emitidos em 2016, tinham um cupom anual de 8% – no fim do terceiro trimestre, o custo médio da dívida da empresa era de 6,74% ao ano. Quando emitiu os títulos agora resgatados, a companhia levantou cerca de R$ 1 bilhão, mas só restava em circulação o montante liquidado pelo grupo.

Conforme os últimos resultados trimestrais reportados, o endividamento bruto da Marfrig totalizava US$ 4,6 bilhões no fim de setembro – esse montante não inclui o total de US$ 860 milhões gastos para aumentar a participação na National Beef. Em caixa, a companhia brasileira tinha pouco mais de US$ 2 bilhões. O índice de alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda) em dólares estava em 2,43 vezes.

Na estratégia da Marfrig, está a retomada do pagamento de dividendos aos acionistas no Brasil. Foi com esse objetivo, aliás, que a empresa comprou no fim de 2019 uma participação adicional no frigorífico americano National Beef, passando de 51% para quase 82%. Em meio a um dos melhores momentos para a indústria de carne bovina dos EUA, a National se tornou boa pagadora de dividendos.

Com uma receita líquida de mais de R$ 50 bilhões por ano, a Marfrig obtém grande parte das vendas e do lucro no mercado americano. Mais de 60% do faturamento é gerado nos EUA. O Brasil é o segundo país, com 10% do total.

Fonte: Valor Econômico.

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