A decisão da Marfrig de vender ativos no exterior e fechar plantas no Brasil, com o objetivo de cortar custos e reduzir seu elevado endividamento em meio ao aprofundamento da recessão, rendeu frutos no mercado de dívida. As notas da Marfrig com vencimento em 2020, no valor total de US$ 680 milhões, renderam 5,7 por cento em 2015, o maior retorno entre os títulos emitidos por empresas brasileiras no exterior. Em média, os bonds corporativos do país sofreram, no período, a maior perda em pelo menos 13 anos.
Para a Quesnell Capital e a Seaport Global Holdings, os papéis da Marfrig podem continuar se valorizando, à medida que a empresa promete se desfazer de ativos na Argentina e nos Estados Unidos e recomprar parte de sua dívida para melhorar seus indicadores de crédito.
Apesar do bom desempenho, os bonds da Marfrig ainda não refletem plenamente os ganhos operacionais obtidos com a reestruturação de suas operações, afirma Marcelo Di Lorenzo, diretor de relações com investidores da Marfrig. Para ele, as preocupações com o cenário macroeconômico pesam sobre os papéis.
Fonte: Infomoney, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.