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Marfrig e BRF disputam mercado de peru

Mesmo com as antigas rivais Sadia e Perdigão juntas, a briga pelo mercado de produtos natalinos continua forte este ano. Desta vez, a empresa que se opõe à tradicional marca Sadia é a Marfrig Alimentos, indústria que desde a criação da BRF-Brasil Foods vem se apresentando como alternativa à líder de mercado. E a concorrência entre as duas acabou chegando aos tribunais. Na última segunda-feira, a Marfrig conseguiu suspender uma liminar obtida pela Sadia que proibia a venda do peru temperado e congelado Mabella.

Mesmo com as antigas rivais Sadia e Perdigão juntas, a briga pelo mercado de produtos natalinos continua forte este ano. Desta vez, a empresa que se opõe à tradicional marca Sadia é a Marfrig Alimentos, indústria que desde a criação da BRF-Brasil Foods vem se apresentando como alternativa à líder de mercado. E a concorrência entre as duas acabou chegando aos tribunais.

Na última segunda-feira, a Marfrig conseguiu suspender, no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), uma liminar obtida pela Sadia que proibia a venda do peru temperado e congelado Mabella, da concorrente. Na ação, a Sadia argumentou que a embalagem do produto da Marfrig é muito semelhante à do peru Sadia e poderia induzir o consumidor a erro no momento da compra.

A liminar, concedida pela 22ª Vara Cível de São Paulo em favor da Sadia, determinava que a Marfrig parasse de vender o peru na embalagem questionada, recolhesse os que já haviam sido vendidos e deixasse de divulgar o produto na referida embalagem em qualquer meio.

A Marfrig argumenta, no entanto, que a embalagem segue a sua linha usual, e que vermelho e dourado são cores natalinas. Diz ainda que a Sadia alterou a sua embalagem de peru neste ano, uma vez que antes ela era feita nas cores branca e azul.

Para derrubar a liminar, a Marfrig interpôs um recurso no TJ-SP. O relator, desembargador Luiz Antonio Costa, considerou que a marca Sadia sempre foi identificada e ressaltada em publicidade pela letra “S”, que já se encontra no “ideário do consumidor”. “Há uma aparente identidade nas embalagens sob análise, pela semelhança das cores e diagramação mas, como dito acima, a marca da agravada (Sadia) junto ao consumidor não é focada em tais elementos, de forma que não há possibilidade de confusão”, concluiu em sua decisão.

A Marfrig Alimentos não quis comentar a decisão do TJ-SP. A Sadia, por sua vez, informou por meio de sua assessoria de imprensa que vai adotar as medidas judiciais cabíveis para derrubar a decisão do Tribunal, com o objetivo de manter a liminar concedida inicialmente.

Este é o primeiro ano de atuação da Marfrig no mercado de perus, que, segundo a União Brasileira de Avicultura (UBA), é liderado pela BRF com aproximadamente 87% de participação. Em junho, a Marfrig comprou os ativos da Doux Frangosul nesse segmento, de olho no segmento de produtos natalinos e de exportação. Com o peru Mabella, a empresa reforça o seu portfólio para festas, até então formado por cortes nobres de suínos (tender, pernil e lombo) e pelos frangos Gourmet e Boas Festas. A Sadia, por sua vez, tem como principal produto o tradicional peru, enquanto a Perdigão compete com o Chester.

A disputa das duas empresas acontece em um cenário de boas perspectivas para as vendas do Natal de 2009. Para o diretor de marketing da Marfrig Alimentos, Sérgio Mobaier, a melhora no nível de confiança do consumidor, em relação ao ano passado, é responsável pelo otimismo em toda a indústria, que estima crescimento das vendas em relação ao último Natal. “Devemos mais do que dobrar as vendas de produtos festivos em 2009”, afirmou Mobaier, considerando também a expansão do portfólio da empresa e a captura de sinergias, especialmente em distribuição, resultante de suas últimas aquisições. “Vamos chegar com um produto mais competitivo no mercado.”

Em entrevista recente, o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da BRF, Leopoldo Saboya, também afirmou, sem citar números, que a expectativa da companhia é de um Natal melhor do que o de 2008, que já foi considerado bom pela empresa, pois os efeitos da crise internacional começaram a ser mais sentidos no Brasil a partir do primeiro trimestre deste ano.

A matéria é de Tatiana Freitas, da Agência Estado, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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