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Marfrig aposta em sinergia de US$ 100 mi com Keystone

A companhia de alimentos Marfrig estima sinergias de cerca de US$ 100 milhões até 2012 com a compra da americana Keystone Foods, afirmou o diretor de relações com investidores, Ricardo Florence.

A companhia de alimentos Marfrig estima sinergias de cerca de US$ 100 milhões até 2012 com a compra da americana Keystone Foods, afirmou o diretor de relações com investidores, Ricardo Florence.

O executivo falou em teleconferência com analistas nesta quarta-feira (16) após o anúncio na segunda-feira (14) da aquisição da totalidade das ações da Keystone por US$ 1,26 bilhão.

“Estimamos inicialmente em US$ 100 milhões”, afirmou Florence, que prevê sinergias com aumento de produção usando a plataforma global da Keystone.

Com a aquisição da companhia americana, que atua no desenvolvimento, produção, comercialização e distribuição de alimentos à base de carnes, a Marfrig se torna uma das fornecedoras de toda a cadeia internacional de McDonald´s, Campbell´s, Subway, ConAgra, Yum Brands e Chipotle. “Além disso, pretendemos alavancar as plantas da Keystone, aumentando o uso da capacidade e reduzindo custos de operação”, completou ele.

Com a Keystone, a companhia brasileira terá vendas anuais acima de US$ 15 bilhões. “Isso coloca o Marfrig entre as três maiores empresas de processamento de carne em escala global”, completou Florence.

Ao comentar a força que a companhia ganha com a compra da Keystone, o presidente da Marfrig, Marcos Molina, afirmou que ela segue importante estratégia de expansão de vendas para o mercado asiático, com sua rede de distribuição. “Foi a mais importante operação da Marfrig, ela vem terminar o ciclo na cadeia produtiva, fechando todo o ciclo e dando uma plataforma global, principalmente na Ásia, que é a nossa estratégia de crescimento”, afirmou Molina na abertura da teleconferência.

Apesar das sinergias entre as empresas, analistas que participaram da teleconferência mostraram preocupação com a dificuldade que a Marfrig pode ter para integrar a mais recente aquisição.

Molina disse que, ao adquirir a Keystone, a Marfrig não está “comprando faturamento”. O empresário afirmou ainda que “não tem mais como fazer novas aquisições” para não diluir sua participação no capital da companhia, de 41%. “Eu não posso mais me diluir. Vou trabalhar os próximos cinco anos para ter o melhor retorno possível na performance da Marfrig e consolidar”.

De qualquer forma, a preocupação dos analistas se refletiu nas ações da companhia, que caiu de novo ontem. O recuo foi de 1,03%. Além disso, a agência de avaliação de risco Moody´s colocou os ratings B1 das notas seniores emitidas pela Marfrig em revisão para possível rebaixamento. Para a Moodys, “a integração dessas operações [Keystone] aos negócios da empresa trará grandes desafios operacionais e de execução”.

O financiamento da aquisição também esteve na pauta dos analistas durante a teleconferência da Marfrig. Questionado se o BNDES, que tem fatia de 13,89% da Marfrig, poderia subscrever as debêntures, Ricardo Florence disse que “existem entendimentos avançados com investidores que garantem essa operação”. Não mencionou o banco de fomento. Procurado, o BNDES disse que não comenta o assunto.

Os desafios que a Marfrig enfrentará para integrar sua mais nova aquisição, a Keystone Foods, não são a única fonte de preocupação dos investidores. A dependência que a empresa tem do McDonald´s também gerou algum receio entre analistas que participaram ontem da teleconferência da Marfrig para detalhar a operação de compra da empresa americana.

Hoje, 90% do faturamento da Keystone, estimado em US$ 6,4 bilhões, são provenientes das operações com a rede de fast food, informou o diretor de planejamento e relações com investidores, Ricardo Florence, durante a conversa com analistas. A informação pareceu surpreender.

Ele não explicou como é o contrato de fornecimento entre Keystone e McDonald´s, mas disse que ambos têm uma relação de 40 anos. “É um negócio de baixo risco, com geração de caixa estável nos últimos anos”, afirmou.

Ele disse ainda que o modelo de negócio está em crescimento em várias partes do mundo, o que é outra vantagem.

Para Molina, o fato de a rede de fast food ser responsável por 90% do faturamento da Keystone não é motivo para preocupação. Ele lembrou que, na China, por exemplo, a Keystone é sócia do McDonald´s. Lá a rede de restaurante também tem como sócio o governo chinês.

As informações são do Brasil Econômico e valor Econômico, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

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0 Comments

  1. Helio Zancopé Filho disse:

    É isso ai SR. Marcos Molina você não tem medo não vai em frente a mare está para você.Aproveite estas oportunidades que o mercado está lhe proporcionando,é isto ai toca o pau vai em frente deixa essas agências falar abobrinhas pois eles não sabem de nada PARABÉNS
    Passei adimirar sua coragem como empresário depois da aquisição da SEARA.Se o BNDES,e o BRADESCO estão dando dinheiro a rodo,porque não aproveitar,você está certo e fazendo o que muitos no passado e que não forão poucos não tiverão PEITO e coragem para fazer o que você está fazendo e quem fes não soube fazer e QUEBROU bunitinho.
    So falta para você fechar o circulo e engolir o ” INDEPENDÊNCIA ” ai você bate de igual para igual com om seu concorente, J.B.S. ou ate muito mais.

    Valeu pela sua coragem.

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