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Marcelo Shimbo: confinadores, escutem seus clientes e produzam algo que alguém realmente queira comprar

Prêmio BeefPoint – Edição Confinamento vai homenagear quem faz a diferença nos confinamentos do Brasil. Essa é uma iniciativa do BeefPoint, e tem a Assocon como parceira. A premiação será feita durante o Interconf 2013, evento da Assocon que acontecerá nos dias 9 a 12 de setembro de 2013, em Goiânia/GO e que o BeefPoint está fazendo a curadoria de conteúdo. Para conhecer melhor os finalistas, o BeefPoint preparou uma série de entrevistas que mostram o que eles têm feito para se destacar na pecuária de corte.

Confira abaixo a entrevista com Marcelo Shimbo, um dos finalistas na categoria Carne de Qualidade em Confinamento.

Marcelo Shimbo

Marcelo Shimbo é zootecnista pela USP, possui MBA em Marketing pela ESPM e atua na cadeia produtiva da carne há mais de 12 anos, com experiência em produção animal (fazendas de ciclo completo e produção de reprodutores), indústria e comercialização de carne B2B e B2C. Nos últimos 6 anos tem se dedicado à produção e comercialização de carne de alta qualidade pelas marcas Bonsmara Beef e Swift Black.

Atualmente, é sócio-diretor da Prime Cater, empresa que faz a gestão de supply de proteínas para restaurantes de alta qualidade. A Prime Cater fornece 100% das carnes dos restaurantes Pobre Juan.

BeefPoint: O que você considera mais importante em um confinamento de gado de corte?

Marcelo Shimbo: Profissionais capacitados e que entendam o que seu cliente está pedindo.

BeefPoint: Qual o maior desafio dos confinamentos no Brasil hoje?

Marcelo Shimbo: Os confinamentos simplesmente engordam bois. Eles não sabem o que produzem e para quem produzem. Não há nenhum conhecimento do que seu cliente quer. Há um gap enorme entre fornecedor (confinador) e cliente (frigorífico).

BeefPoint: Qual projeto de confinamento você teve contato ou implementou nestes últimos anos, que considera um case de sucesso? Por quê?

Marcelo Shimbo: O conceito da marca Swift Black. As etapas do confinamento especificamente foram executadas pelo excepcional profissional Fernando Saltão, diretor dos confinamentos da JBS. Na minha opinião é um case expressivo, pois conseguiu produzir em escala comercial produtos de altíssima qualidade que foram demandados por clientes específicos. Mas o grande diferencial foi a implantação de um conceito fortíssimo de marca, com posicionamento adequado (alinhado a expectativa do cliente), suportado pelos animais produzidos no confinamento e um rigoroso sistema de classificação das carcaças, que chegou a descartar 35% dos animais no início do projeto.

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BeefPoint: O que você fez em 2012 que te trouxe mais resultados?

Marcelo Shimbo: Produzimos e comercializamos carne de 24 mil animais no segmento de alta gastronomia do Brasil. Isso só foi possível devido ao rigoroso controle de qualidade. Animais eram descartados no confinamento, no momento do abate e até na desossa.

BeefPoint: O que você pretende fazer de diferente em 2013? E por quê?

Marcelo Shimbo: Replicar o modelo de sucesso de Swift Black, só que com diferentes biotipos de animais, para atender a cada cliente de maneira mais específica ainda.

BeefPoint: Qual mensagem gostaria de deixar para os confinadores no Brasil?

Marcelo Shimbo: Escutem seus clientes e produzam algo que alguém realmente queira comprar. Procurem modelos sustentáveis, onde todos os elos envolvidos ganhem. Somente assim o negócio será sustentável.

Restaurante Pobre Juan

Confira a Programação do Interconf 2013

Lembramos que todos os finalistas do prêmio são convidados vip cortesia do Interconf 2013.

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