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Marcelo Miller tentou ‘justificar’ Carne Fraca à JBS, diz Janot

O áudio da conversa entre o empresário Joesley Batista e o executivo Ricardo Saud que motivou o pedido de investigação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, cita a Operação Carne Fraca – investigação deflagrada em março que pegou os maiores frigoríficos do País, entre eles a JBS.

O procurador-geral assinou nesta segunda-feira, 4, portaria em que instaura procedimento de revisão de colaboração premiada de três dos sete executivos do Grupo J&F. A apuração se dá após entrega de documentos, provas e áudios pela própria defesa dos colaboradores em 31 de agosto.

Em um áudio, de quatro horas de duração, possivelmente gravado em 17 de março, afirma o procurador-geral, Ricardo Saud e Joesley Batista ‘mencionam supostos ilícitos envolvendo a participação de um procurador da República, que estaria auxiliando os interlocutores, inclusive a pretexto de influenciar a decisão do procurador-geral da República, em futura aproximação para negociação de acordo de colaboração premiada com o Ministério Público’.

Janot se refere ao ex-procurador da República Marcelo Miller.

O chefe do Ministério Público Federal destaca que naquele dia ‘nenhum dos atuais colaboradores, direta ou indiretamente, haviam buscado tratativas com a Procuradoria-Geral da República para iniciar negociação de acordo penal, fato esse que só veio a acontecer por volta de 27 de março deste ano’.

“Em alguns trechos, Ricardo Saud afirma que já estaria “ajeitando” a situação do grupo empresarial J&F com o então procurador da República Marcelo Miller, bem como que Marcelo Miller estaria “afinado” com eles.

Em determinada passagem, os interlocutores afirmam que, quando da deflagração da operação “Carne Fraca”, Marcelo Miller teria enviado extensa mensagem para Francisco de Assis e Silva tentando justificar a situação”, destaca Janot.

A delação dos executivos da J&F previa prazo de 120 dias, a partir da homologação, para que os colaboradores reunissem e entregassem elementos de provas sobre os depoimentos prestados em abril perante a Procuradoria-Geral da República para que não fossem acusados de omissão.

Rodrigo Janot determinou na data de hoje a abertura de investigação ‘devido a essa omissão de fatos possivelmente criminosos nos depoimentos tomados na colaboração em abril’.

Fonte: Estadão, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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