Mercados Futuros – 23/09/08
24 de setembro de 2008
Política de “desintegrar para entregar” : a criação de “enclaves” na Amazônia
26 de setembro de 2008

Mapa quer melhorar padrões de bem-estar animal

Um seminário na Organização Mundial do Comércio (OMC) discutiu assuntos relacionados ao bem-estar animal e leis, regulamentação e certificações que vêm sendo estabelecidas em vários países ao redor do mundo, em meio à crescente demanda dos consumidores. O Brasil declarou na OMC o interesse em adotar medidas que garantam o bem-estar de animais na produção e no transporte, reagindo a pressões crescentes de importadores.

Um seminário na Organização Mundial do Comércio (OMC) discutiu assuntos relacionados ao bem-estar animal e leis, regulamentação e certificações que vêm sendo estabelecidas em vários países ao redor do mundo, em meio à crescente demanda dos consumidores.

O Brasil declarou na OMC o interesse em adotar medidas que garantam o bem-estar de animais na produção e no transporte, reagindo a pressões crescentes de importadores. Com isso, o Brasil quer demonstrar que cuida bem dos animais e que, em decorrência, sua carne é segura.

Segundo Flávio Coelho Correa de Araújo, representante do Ministério da Agricultura, “queremos sinalizar aos parceiros que melhoramos os nossos padrões, mas vamos fazer isso sem colocar em risco a capacidade econômica dos nossos produtores”.

Na cena internacional, há duas visões sobre o tema. Os países ricos querem incluir nas regras da OMC o direito de dar subsídios para garantir o bem-estar animal. Além disso, com o tema nas regras da entidade, esses países poderiam acionar exportadores acusados de maltratar animais e fazer retaliações. Do outro lado, exportadores do Mercosul se recusam falar de subsídios. E só aceitam negociar o tema na OIE, a Organização Mundial de Saúde Animal, onde apenas existem recomendações e sempre por um consenso mais técnico.

Gustavo Idigoras, da Argentina, cobrou coerência dos países europeus, fazendo um vínculo entre bem-estar animal e barreiras comerciais. Disse que se a Europa realmente quisesse estimular exportadores, não cobraria enormes tarifas de importação que vão de 141% sobre a carne bovina e 93% sobre o frango. Um representante europeu retrucou que a Argentina não podia reclamar já que tem imposto restrições às exportações.

A matéria é de Assis Moreira, publicada no jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

Os comentários estão encerrados.

plugins premium WordPress