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Mapa nega possível embargo russo

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) não reconheceu informação e garantiu não ter recebido nenhum comunicado oficial, a respeito de possível interrupção na importação de carnes brasileiras pela Rússia devido a preocupações relacionadas à área veterinária e da saúde.

Segundo notícia de sexta-feira no Estadão/Agronegócios, a Rússia pode interromper a importação de carnes brasileiras devido a preocupações relacionadas à área veterinária e da saúde. A informação foi divulgada pela agência de notícias Interfax, citando o Serviço Federal de Controle Veterinário e Fitossanitário da Rússia, ou Rosselkhoznadzor. Entretanto, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) não reconheceu tal informação e garantiu não ter recebido nenhum comunicado oficial, informou a assessoria de imprensa do ministério.

“Atualmente, estamos estudando a possibilidade de chamar de volta nossos especialistas (que estão no Brasil). Deve ficar entendido que tal decisão pode interromper as importações completamente”, afirmou o Rosselkhoznadzor, segundo a Interfax.

A agência de notícias acrescentou que o serviço russo acredita que o Brasil está “deliberadamente escondendo” informação sobre doenças animais.

De acordo com o coordenador geral de Programas Especiais do Mapa, Ari Crespim, os russos reclamaram meses atrás da falsificação do Certificado Sanitário Internacional (CSI). “Para tanto, propusemos, e a Rússia aceitou, a criação de um grupo de trabalho para estudar a implantação da certificação eletrônica, a fim de combater a fraude. Por isso, estranho essa notícia”.

Ele lembrou também que há cerca de quatro meses o Mapa tomou outra medida para coibir a fraude. “Passamos a emitir um relatório quinzenal à Rússia com a relação de certificados sanitários referentes às exportações de carne para aquele mercado. No documento, consta o número do CSI e o nome do estabelecimento exportador”, detalhou.

A idéia, com o sistema eletrônico, é colocar esses documentos numa página na internet, onde os russos terão acesso para entrar e reproduzir o documento. “Essa é a alternativa, mas ainda temos que superar alguns entraves, a começar pelo idioma”, disse Crespim.

De acordo ele, uma das dificuldades em identificar os fraudadores deve-se ao fato de que o Mapa nunca tem acesso ao documento falsificado. “Sempre recebemos cópias, o que impede a realização de perícia”, justificou, acreditando, no entanto, que será possível bloquear a ação dos falsificadores com a criação do sistema eletrônico compatível aos dois países.

Além da proposta para desenvolver um sistema eletrônico de emissão e recebimento de certificação sanitário internacional, o Brasil vai fazer parte do grupo de trabalho criado por Austrália e Canadá com o mesmo propósito. Esses dois países já estão buscando alternativas para enfrentar o problema.

0 Comments

  1. Antonio Pereira Lima disse:

    Eu não agüento mais ouvir notícias com relação a embargos russos, para mim a Rússia quer denegrir a imagem da carne brasileira, para continuar comprando barato. O que eu sei é que os russos são os maiores picaretas do mercado, quem sentar na frente deles com preço menor, vende. O que nós temos que mostrar para o mundo, é que a nossa carne está isenta de qualquer doença que afete o ser humano, inclusive a doença da vaca louca, e mostrar para o consumidor europeu e não somente para uma equipe técnica que já chega aqui com ar de superioridade, e induzidos a encontrar chifre em cabeça de cavalo.

    O próximo passo seria suspender a venda de carne bovina para a Rússia por pelo menos 90 dias, para mostrar a nossa insatisfação com relação ao respeito à carne mais pura, mais ecológica, mais natural do mundo, que é a carne brasileira.

    No Brasil, os papéis até podem esconder alguns números, mas jamais mudar a pureza da carne, enquanto que por este mundo afora a veracidade dos papéis podem estar escondendo as impurezas da carne. Se por acaso quisermos dar uma lição nos russos vamos aproveitar o momento, fique tranqüilo amigo pecuarista, porque pior do que está não fica.

  2. Fabricio Ferreira Lopes disse:

    Eu sou totalmente contra o nosso amigo Antonio de Campo Grande, se eles querem embargar as carnes brasileiras algum motivo tem e se tem motivo e o motivo está sendo mostrado porque descartar essa possibilidade.

    O Brasil não precisa desse tipo de coisa, existem muitos outros frigoríficos que não estão em área de risco e podem perfeitamente produzir mercadorias para esse país sem esquema de “rolo” algum.

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