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Mapa: missão vai aos EUA discutir regras de inspeção

Uma missão brasileira, com técnicos das Secretarias de Defesa Agropecuária e de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, irá aos Estados Unidos, nos dias 7 e 8 de junho. O objetivo é avaliar com as autoridades do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, sigla em inglês) os procedimentos em relação ao controle de resíduos em carne bovina termoprocessada exportada para aquele mercado.

Uma missão brasileira, com técnicos das Secretarias de Defesa Agropecuária e de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, irá aos Estados Unidos, nos dias 7 e 8 de junho. O objetivo é avaliar com as autoridades do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, sigla em inglês) os procedimentos em relação ao controle de resíduos em carne bovina termoprocessada exportada para aquele mercado.

“Vamos buscar informações sobre a metodologia aplicada pelo Serviço Veterinário Oficial daquele país. A adotada pelo Brasil segue recomendação do Codex Alimentarius (organismo internacional de referência para a segurança dos alimentos)”, explica o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal, da Secretaria de Defesa Agropecuária, Nelmon Costa.

Segundo ele, dentro do princípio de equivalência de sistemas, a missão terá como objetivo, também, esclarecer se os critérios aplicados em relação às empresas brasileiras que exportam para aquele país são os mesmos aplicados internamente no mercado americano.

“As questões de sanidade têm de ter regras claras e ser seguidas por todos. Elas se tornaram um pouco empíricas e cada um faz a exigência que quer”, afirmou ontem, em Buenos Aires, o ministro Wagner Rossi se referindo às recentes exigências dos Estados Unidos e da Rússia no setor de carne bovina.

Desde o dia 27/5 (quinta-feira), o Ministério da Agricultura, decidiu suspender, temporariamente, a produção e certificação de produtos cárneos exportáveis para os Estados Unidos. “Essa medida deverá ser revista após essa reunião, quando deverão ocorrer os ajustes necessários para restabelecermos as exportações brasileiras”, enfatizou Nelmon.

De acordo com Otávio Cançado, diretor-executivo da Associação Brasileira da Indústria Exportadora de Carne (Abiec), os EUA mudaram a análise sem avisar o Brasil. Na metodologia usada aqui, o fígado do animal é analisado; os EUA analisam o músculo.

“Se precisar modificar algum procedimento, as empresas já nos disseram que estão prontas para fazer”, disse Nelmon Oliveira.

No total, no primeiro quadrimestre deste ano, as empresas brasileiras exportaram US$ 65 milhões em carne bovina processada ao mercado americano, uma queda de 22,3% em relação aos US$ 83,7 milhões de igual período de 2009, de acordo com a Abiec.

As informações são do Mapa, Valor Econômico e Folha de S.Paulo, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

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0 Comments

  1. José Manuel de Mesquita disse:

    Pois é…

    Difícil acreditar que os orgãos responsáveis pela saúde animal de um país exportador como o Brasil, não conheçam os critérios de inspeção sanitária dos países para onde serão exportados seus produtos.

    Mais difícil ainda é aceitar que as empresas exportadoras, neste caso específico (frigoríficos), também aleguem desconhecimento de tais exigências.

    Pergunta para o sr. Nelmon Oliveira: Se estão preparadas para fazer, e os procedimentos são obrigatórios por que ainda não o fizeram?

    Difícil não pensar que esta situação também se encaixa no princípio bem brasileiro do “Finge que faz, que eu Finjo que acredito”…

    Situação interessante… O frigorífico compra o animal de um produtor da iniciativa privada, não especifica exatamente como deseja receber o produto, processa o produto, envia para o mercado consumidor, o serviço de fiscalização alimentar do país consumidor detecta excesso de substância química neste produto, e a responsabilidade sobre este problema recai sobre o País exportador…

    O “ente estado” não deveria ser envolvido, nem confundido como o responsável pela produção de animais no país. Não é o BRASIL que produz Bovinos, Bovinos são produzidos por PECUARISTAS… A separação deveria ficar sempre muito clara… Não é o PAÍS, o responsável pelo que os produtores colocam a disposição do mercado (frigoríficos), e sim os próprios produtores, com a co-responsabilidade dos frigoríficos pois, são eles que abastecem o mercado de consumo. Ao país, fica a responsabilidade de erradicar as moléstias como a Aftosa e Brucelose, isso sim é tarefa do “ente Estado”…

    Os procedimentos decorrentes desta relação (produtor/frigoríficos), deveriam ser discutidos e custeados por toda cadeia: Produção/Industrialização/Comercialização, o único papel que caberia ao “ente” estado, seria o de mediador . Os benefícios decorrentes da operação, deveriam ser rateados de forma proporcional aos custos equivalentes à cada fase da cadeia.

    Enfim, esperar prá ver…

  2. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    É preciso garantir padronização de procedimentos. E que mudanças sejam devidamente comunicadas.

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