Um estudo da Universidade Federal de Minas Gerais, liderado por Britaldo Silveira Soares-Filho, do Centro de Sensoriamento Remoto, e Fabiano Alvim Barbosa, da Escola de Veterinária, mostrou que dá para reduzir a emissão de gases da pecuária brasileira melhorando a produtividade da pecuária. O equivalente a 115 milhões de toneladas de gás carbônico (tCO2eq) poderiam deixar de ser lançadas até 2030 – quase um décimo de todo o carbono emitido pelo Brasil anualmente. Participaram do estudo a ONG Aliança da Terra e centros de pesquisa americanos.
A equipe simulou três cenários para a pecuária nacional, combinando diferentes taxas de crescimento do rebanho, de confinamento e de recuperação de pastagens degradadas. No melhor cenário, apelidado de “inovador”, o rebanho chegaria a 250 milhões de cabeças em 2030 (em vez dos 300 milhões projetados pelo governo). As pastagens, no entanto, se reduziriam em 21%, para 1,74 milhão de km2. No modelo rodado pelos computadores da UFMG, com a intensificação da atividade a produção de carne subiria para 12,4 milhões de toneladas. A produtividade daria um salto de 3,5 arrobas por hectare para 5,8 @/ha.
Com menos animais produzindo mais carne, há redução nas emissões de gases. Além disso, estima-se que cada rês, no sistema tradicional de criação, produza em média 53,4 kg de metano por ano. Com confinamento e outras boas práticas, as emissões cairiam para 40,3 kg/ano.
Fonte: Folha de São Paulo, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.