No momento, o cenário da pecuária no Brasil enfrenta um movimento típico de safra. De acordo com Sérgio de Zen, pesquisador do Cepea, “existem questões pontuais que podem afetar isso, mas no geral, é o comportamento esperado para essa época”.
Por outro lado, a demanda inicia o ano bastante enfraquecida , em decorrência das férias, “que faz com que as pessoas se movimentem e o consumo fique prejudicado”, segundo o pesquisador, que lembra ainda que “é pra ter em mente que a demanda do Brasil encolheu muito” com a recessão que paira sobre o cenário econômico desde 2015.
Ele aponta que neste ano a economia dá sinais de que irá recuperar. Por esse lado, 2017 não deverá ser um ano de encolhimento e, sim, de acréscimo no consumo.
Ainda não é possível, portanto, saber qual será o comportamento fechado das economias local e global, principalmente por conta do fator Trump, que ainda é uma incerteza para os mercados.
Janelas de oportunidades pontuais são possíveis de ocorrer por conta de ações do presidente americano. As relações desestabilizadas com países como o México e a China podem fazer com que esses países busquem importar não somente carne bovina, mas também outras proteínas animais e do agronegócio, no Brasil.
Para esse momento incerto, de Zen diz que os produtores devem aproveitar para calcular seus custos e tomar decisões em um horizonte no qual tenha a certeza de estar prevenido.
Ele acrescenta que “o Brasil continua sendo o único país que tem capacidade de ofertar a carne necessária para o mundo”, mas que a gestão ainda é um gargalo, necessitando de decisões mais acertadas para fatores como genética, estrutura, animais e suplementação.
Fonte: Notícias Agrícolas, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.