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Maggi: renegociação do Funrural pode atingir recursos e juros do Plano Safra

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, admitiu nesta sexta-feira, 4, que a renegociação de dívidas do Fundo de Assistência do Trabalhador Rural (Funrural) pode atingir o volume de recursos e os juros do Plano Agrícola e Pecuário 2018/2019. “(Ministério da) Fazenda e o Banco Central têm colocado isso como um problema extra desde que começamos a negociar o Plano Safra”, disse Maggi, que visita a 25ª Agrishow, em Ribeirão Preto (SP).

A equipe econômica estima que a derrubada de vetos ao projeto de renegociação do Funrural pelo Congresso possa gerar um rombo de R$ 20 bilhões nas contas públicas, com a necessidade de equalização do Tesouro às dívidas. O atua Plano Safra, em vigor até 30 de junho, prevê R$ 188,3 bilhões em crédito agrícola e o próprio ministro já admitiu que esse valor pode ser até menor em 2018/2019.

Segundo o ministro, com a lei do teto de gastos, o volume de recursos para um determinado setor do governo é o mesmo do ano anterior, corrigido apenas pela inflação. “No momento em que você tira recursos desse setor (agropecuária), para equalizar coisas que aconteceram no Funrural, é bem provável que o Banco Central e a Fazenda venham reivindicar, diminuindo nossa disponibilidade tanto para volume, como para taxa de juros.”

Na terça-feira (8), Maggi e o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, terão a primeira reunião para discutir esse tema, segundo ele. “A expectativa de um plano safra para o agro brasileiro, que sempre demonstra que é o que move esse País, está bastante truncada este ano. Se chegarmos a um momento de impasse, que não dá para ceder, temos o presidente da República para mediar isso.”

De acordo com o ministro, as condições de estabilidade na economia, com uma taxa básica de juros em 6,5% ao ano, permitem, no entanto, que bancos financiem o agronegócio em condições melhores que as do crédito oficial. “Tem muito dinheiro de outros financiadores. Temos crédito oficial de 8,5% e tem gente emprestando a 6,5% (ao ano) e até menos”, disse. “Não vamos esperar grande redução de taxas de juros (oficiais) em função das condições que estão aí”, reafirmou.

Fonte: Estadão.

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