A JBS S.A. reportou receita líquida de R$ 43,7 bilhões no segundo trimestre do ano, um aumento de 12,3% sobre o mesmo período de 2015, e estável em relação ao 1T16. O lucro líquido no período foi de R$ 1,536 bilhão, 19 vezes (1817%) mais que no mesmo período do ano anterior, quando foi de R$ 80,1 milhões.
A queda das despesas com derivativos (R$ 810,3 milhões no segundo trimestre, contra R$ 2 bilhões um ano antes) e a receita de cerca de R$ 2,5 bilhões com variação cambial ativa e passiva contribuíram para que a JBS tivesse uma receita financeira líquida positiva em R$ 772,4 milhões no trimestre, ante resultado negativo de R$ 2,3 bilhões de igual período de 2015.
A JBS também destacou que zerou a posição de derivativos para hedge cambial na empresa controladora. Na maior parte do ano passado, a empresa protegeu praticamente 100% de sua exposição ao dólar. Com valorização do Real neste ano, porém, a política de hedge trouxe perdas de R$ 3,9 bilhões no primeiro trimestre. Foi nesse contexto que a empresa decidiu zerar a posição de derivativos.
Em termos de vendas, a Seara e os negócios de carne suína nos EUA foram os destaques. No segundo trimestre, a receita líquida da JBS totalizou R$ 43,671 bilhões no segundo trimestre, 12,3% a mais que os R$ 38,905 bilhões do mesmo período de 2015.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado alcançou R$ 2,892 bilhões, queda 19,1% na comparação anual. Diante disso, a margem Ebitda ajustada caiu 2,6 pontos percentuais, passando de 9,2% para 6,6%.
O resultado operacional da JBS pressionado pelo pior desempenho dos negócios de carne bovina nos Estados Unidos, da controlada americana Pilgrim’s Pride e da brasileira Seara, que enfrenta cenário adverso com a disparada do preço do milho o dificuldades para repassar a alta do insumo aos produtos finais.
O Ebitda da Seara diminuiu 51,6%, para R$ 382 milhões, enquanto que a margem Ebitda se retraiu 9,4 pontos percentuais, de 17,7% para 8,3%.
Na área financeira, a empresa teve uma forte redução de caixa, de R$ 15,8 bilhões no fim de março para R$ 8,4 bilhões. Nesse mesmo período, o índice de alavancagem subiu de 3,8 vezes para 4,1 vezes. Essa redução de caixa se deve ao pagamento de R$ 2,6 bilhões relacionados à posição de derivativos e à distribuição de R$ 1,1 bilhão em dividendos da JBS e R$ 570 milhões distribuidos para os minoritários da Pilgrim’s, que tem ações listadas na Nasdaq.
Fonte: JBS e Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.