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Lucro líquido da Tyson aumenta 25% e ações disparam

A Tyson Foods, maior empresa de carnes dos Estados Unidos, reportou nesta segunda-feira um lucro líquido de US$ 676 milhões no terceiro trimestre do ano fiscal de 2019, encerrado em 29 de junho. Tratase de um crescimento de 24,9% na comparação com os US$ 541 milhões reportados no mesmo período do ano fiscal anterior (encerrado em 30 de junho de 2018).

No terceiro trimestre, as vendas da empresa renderam US$ 10,8 bilhões, montante 8,3% superior aos US$ 10 bilhões do mesmo intervalo do ano anterior, informou a empresa.

Na bolsa de Nova York, as ações da Tyson dispararam, na contramão do comportamento negativo dos mercados financeiros, que reagem às tensões provocadas pela guerra comercial entre China e EUA. No início da tarde, as ações da Tyson chegaram a subir mais de 8%, sendo negociada no maior valor da história, conforme a agência Dow Jones Newswires.

A avaliação positiva dos investidores é sustentada pela projeção divulgada pela Tyson para o lucro em todo o ano fiscal de 2019, que ficou à frente do Wall Street estava avaliando, apontou a agência. No balanço divulgado hoje, a Tyson manteve a estimativa de que o lucro por ação ficará entre US$ 5,75 e US$ 6,70 no acumulado deste ano fiscal.

Nesse cenário, nem mesmo a investigação do Departamento de Justiça dos EUA sobre um possível cartel envolvendo as maiores agroindústrias de frango do país — Tyson, Pilgrim’s e Sanderson — afetou o humor dos investidores. Há uma semana, um procurador dos Estados Unidos fez uma intimação relacionada ao caso do cartel do frango.

Também passou ao largo dos investidores o aumento dos custos com milho para o ano fiscal de 2020. Em razão do clima adverso para o plantio do cereal nos EUA, os custos da Tyson com ração devem aumentar. Em teleconferência, o CEO da empresa, Noel White, projetou que esses custos aumentarão em “algumas centenas de milhões de dólares”.

Em comunicado, a Tyson acrescentou que ainda não foi significativa beneficiada pelo surto de peste suína africana na Ásia — particularmente na China. No entanto, a doença deve afetar o comércio global de proteína animal por alguns anos, acrescentou White.

A Tyson vem aumentando sua exposição ao continente asiático desde o ano passado. A empresa comprou a americana Keystone Foods, que pertencia à brasileira Marfrig. Especializada no atendimento ao McDonald’s, a Kesytone tem também tem operações no Sudeste Asiático e na China, onde a estatal Cofco é sua sócia. Neste ano, a Tyson deu mais um passo em direção à Ásia, adquirindo a operação de frango da BRF na Tailândia.

Fonte: Valor Econômico.

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