Mercados Futuros – 29/02/08
29 de fevereiro de 2008
Leitor comenta número de fazendas aprovadas pela UE
4 de março de 2008

Lista visa facilitar liberação de propriedades

A liberação de apenas 106 fazendas para exportar à União Européia (UE) pode ser uma estratégia adotada pelo Brasil para demonstrar que a rastreabilidade no país é segura. Isto porque as propriedades que estão sendo vistoriadas têm rebanho diminuto, no máximo 600 animais por fazenda, o que garante um controle maior.

A liberação de apenas 106 fazendas para exportar à União Européia (UE) pode ser uma estratégia adotada pelo Brasil para demonstrar que a rastreabilidade no país é segura. Isto porque as propriedades que estão sendo vistoriadas têm rebanho diminuto, no máximo 600 animais por fazenda, o que garante um controle maior.

Segundo o pecuarista Valter José Pötter, de Dom Pedrito (RS), que tem 7,2 mil animais, “a informação que se tem é que grandes propriedades não entraram”. No Rio Grande do Sul foram selecionadas 11 fazendas. “Acredito que esta amostragem foi para satisfazer uma auditoria inicial. Vistoriar fazendas de grande porte é difícil. Como precisavam de uma lista para mostrar que é possível fazer a rastreabilidade, apresentaram esta”, afirmou Pötter.

“A lista é para europeu ver mesmo. O pecuarista comercial ainda não se encaixou no novo Sisbov”, destacou o analista Paulo Molinari, da Safras & Mercado. Em sua avaliação, não interessa se são fazendas de genética e leiteiras, nem se são de pequeno ou médio porte. “A parte positiva não está no volume, nem na característica das fazendas. O que interessa é que o ambiente de relação entre o Brasil e a Europa mudou”, afirmou.

Entretanto, o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Inácio Kroetz, negou que o critério de tenha sido o tamanho da propriedade. “Tem pequena, média e grande. Tudo isso é relativo. Uma fazenda grande em um estado é pequena em outro”, despistou em reportagem de Neila Baldi, da Gazeta Mercantil.

0 Comments

  1. Luciano Medici Antunes disse:

    Prezados, umas das questões mais importantes para a UE é a questão da precisão nas informações. Seria importantíssimo que as notícias publicadas buscassem a acuracidade nos números que anunciam. Os critérios para a “Lista” apresentada não tem nada a ver com o que está sendo divulgado. A real causa de uma propriedade estar ou não na lista são apenas 2: 1) Se ela estava OK quando submetida ao Check_list do MAPA (se tinha mantido em dia tudo o que deveria) e 2) Se o auditor pode fazer e fez esta verificação com o tempo e cuidado que deveria (houveram muitos erros no preenchimento destes documentos). Por isso, existem centenas de propriedades que poderiam estar na lista mas não estão devido a questões diversas e externas a propriedade. Além disso, as notícias esquecem que SP, MS, PR, TO, RO e outros estados menos representativos na pecuária não tiveram nenhuma propriedade visitada por não estarem habilitadas ao mercado europeu. Apenas para exemplificar, no RS temos propriedades de 40 a 4.000 animais na lista, que para este estado são propriedades consideradas como PEQUENAS e GRANDES respectivamente.

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