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Levy prepara produtores para tempos de vacas mais magras

Em evento com agricultores em Rio Verde (GO), o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, preparou o setor de agronegócios para conviver com condições mais restritivas de crédito neste ano devido ao cenário de ajuste nas contas públicas.

Durante tradicional feira anual promovida pela cooperativa Comigo, Levy e a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, informaram que o governo deverá anunciar as regras para a contratação de crédito para pré-custeio até o fim desta semana. Já as condições do Plano Safra 2015/16 deverão ser conhecidas até o fim de maio. Os ministros não informaram qual será o volume total de recursos do plano, nem suas taxas de juros.

Kátia Abreu confirmou, contudo, que a presidente Dilma deverá editar uma medida provisória autorizando a liberação de recursos prometidos – e ainda represados – para atender à demanda dos produtores pelos subsídios aos prêmios do seguro rural.

“A presidenta garantiu que eu poderia usar R$ 300 milhões deste Orçamento, e será via MP. Nós pagaremos todo o seguro agrícola. Isso já está negociado, com data marcada com as seguradoras. E não vai atrapalhar a tomada de recursos, tomada do crédito e, muito menos, o seguro da próxima safra”.

A ministra tentou tranquilizar os agricultores quanto ao aumento das taxas de juros que serão praticadas no pré-custeio e no próximo Plano Safra, dizendo que os juros não serão incompatíveis com o setor.

Sem revelar quanto os juros poderão subir, Levy complementou que deve trabalhar por um aumento do crédito para a classe média rural do país entre 20% e 25% neste ano. E garantiu que haverá recursos suficientes, dentro do realismo, para atender ao setor.

Kátia Abreu destacou que é preciso pensar em um Plano Safra de médio e longo prazos que “respeite” as condições financeiras do Tesouro Nacional. Ela disse que está sendo desenhado no ministério uma Lei Agrícola para o Brasil nos moldes da que é adotada nos EUA.

O ministro reforçou que o objetivo do governo é disponibilizar os recursos para o Plano Safra, inclusive para o custeio, o mais rápido possível. Mas também reiterou que tudo será feito de acordo com a atual situação fiscal do país.

Fonte: Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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