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20 de maio de 2011
Atacado – 20/05/11
20 de maio de 2011

Leonardo Leite de Barros, da ABPO, avalia que as ações de sustentabilidade devem ser divididas entre todos

Leonardo Leite de Barros, presidente da Associação Brasileira dos Produtores Orgânicos fala sobre as ações realizadas pela Associação, as parceias com Ongs e frigoríficos e avalia que todos os elos da cadeia querem mudanças, mas que os custos também precisam ser divididos e não podem recair apenas sobre o produtor.

Leonardo Leite de Barros, presidente da Associação Brasileira dos Produtores Orgânicos fala sobre as ações realizadas pela Associação, as parceias com Ongs e frigoríficos e avalia que todos os elos da cadeia querem mudanças, mas que os custos também precisam ser divididos e não podem recair apenas sobre o produtor.

“A Associação Brasileira dos Produtores Orgânicos (ABPO) congrega produtores orgânicos do Brasil todo. A Associação iniciou em 2002 com um projeto de pecuária orgânica, que é o nosso maior projeto, e no ano de 2010 abrimos para outros produtos como fruticultura e vamos continuar expandindo para outros produtos”.

“Já estamos participando de feiras orgânicas pelo mundo todo e fizemos um trabalho com um consultor europeu, que evoluiu para reuniões com vários interessados em adquirir o nosso produto. Todo esse trabalho culminou em uma degustação que foi feita na Itália e em breve devemos iniciar as negociações com os italianos”.

“Nossa parceria com a WWF é muito transparente, pois entendemos que o relacionamento entre a produção e a ONG de preservação ambiental precisa ter um viés comercial. Então nós abrimos nossas propriedades para que eles tenham certeza que a questão ambiental está sendo bem tratada lá dentro, em contrapartida, eles nos oferecem a credibilidade do WWF para que os nossos produtos acessem novos mercados e nos ajudem a vender nosso produto”.

“A missão da ABPO é buscar agregação de valor aos produtos dos nossos associados”.

“O Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável (GTPS) é uma iniciativa sensacional, pois todos os elos da cadeia estão representados aqui. O grande problema é que toda ação no sentido de busca a sustentabilidade da cadeia produtiva da carne recai dentro da porteira e todo o custo de implementação de qualquer movimento nesse sentido não pode cair sobre o produtor. A responsabilidade é do produtor, mas os custos devem ser compartilhados”.

“Toda a cadeia quer essas mudanças, mas eu não admito que quem pague por isso seja apenas o produtor. Vamos dividir essa conta porque o produtor não aguenta mais”.

0 Comments

  1. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    Caro Leonardo,

    Bom ouvir notícias suas. Concordo integralmente com vc. Nos produtores estamos dispostos a colaborar, mas não podemos arcar sozinhos com os custos. Simplesmente nossa margem não comporta. A preservação ambiental deve ser um projeto da sociedade e bancado por todos os elos da cadeia produtiva. De certa forma o produto orgânico já seue esta linha: há um público consumidor disposto a gastar um pouco mais  e assim viabilizar economicamente um processo produtivo mais sustentável.

    Att,

  2. Evándro d. Sàmtos. disse:

    Muito bom!

    Valores importantes são defendidos por esta associação,e também demonstram que é plenamente possível coexistir e até se beneficiar de programas,atitudes e ações sustentáveis,com um produto altamente qualificado e grande agregação de valores,sejam eles de Marca ou Monetários.

    Continuem elucidando e agregando novos empresários do campo,parabéns!

    É por ai indústrias…

    Saudações,

    EVÁNDRO D. SÀMTOS.

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