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Leilão para ajudar a combater aftosa no Pará

Pecuaristas do município de Altamira, a 460 quilômetros em linha reta da capital paraense, unem esforços na busca de recursos para a implementação das campanhas de erradicação da febre aftosa no rebanho da região, hoje classificada em alto risco. No próximo domingo, na chácara Bonanza, o Comitê de Combate à Febre Aftosa, que reúne diversas entidades e pecuaristas daquele município, realiza um leilão com cerca de 300 cabeças de gado. A expectativa é arrecadar mais de R$ 100 mil. A renda será toda investida em campanhas pela vacinação e cadastramento do rebanho local, estimado em mais de um milhão de cabeças. É o que informa reportagem de Silvia Fujiyoshi, publicada hoje na Gazeta Mercantil.

Os organizadores esperam cerca de 200 pessoas no remate. Até ontem, já estavam inscritos mais de 260 animais, entre bezerros, garrotes e touros doados para o evento. Estarão presentes criadores e autoridades de Uruará, Medicilândia, Brasil Novo, Senador José Porfírio, Vitória do Xingu, Altamira e Anapu. O leilão começará às 10h30. Antes, haverá uma reunião para definir novos investimentos e ações do governo estadual junto às prefeituras no combate à febre aftosa. Segundo o presidente da Associação Comercial, Industrial e Agropastoril de Altamira (Aciapa) e um dos coordenadores do leilão, Vilmar Soares, os prefeitos vão solicitar maior apoio, principalmente no cadastramento do gado. Na última campanha de vacinação, em toda a região, de Uruará até Pacajá, foram adquiridas mais de 600 mil doses de vacina, mas existem somente 350 mil cabeças cadastradas.

O maior empecilho para a realização do cadastro tem sido a própria falta de conscientização de alguns pecuaristas. Os recursos que serão arrecadados com o leilão e as possíveis parcerias a serem fechadas servirão para intensificar a próxima campanha de vacinação, prevista para maio. Só em Altamira já foram espalhados 20 out-doors e deverão ser confeccionadas mais 30 faixas sobre a campanha de erradicação da febre aftosa.

A meta é conseguir elevar a condição do gado da região oeste do Pará de alto risco para médio risco até julho deste ano. O rebanho do oeste paraense é comercializado principalmente para Manaus, Macapá e Belém, além de localidades do Piauí e Maranhão. Melhorando a classificação do rebanho, a comercialização de animais também poderá ser realizada com municípios do sul do Pará e o Estado do Tocantins. A pecuária é uma das atividades econômicas mais importantes de Altamira, juntamente com a exploração de madeira e o cultivo de pupunha, cacau, pimenta-do-reino e cupuaçu.

(Por Silvia Fujiyoshi, para Gazeta Mercantil, 07/03/01)

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