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Kátia Abreu fala sobre sua migração para o PSD

A senadora Kátia Abreu, presidente da CNA, anunciou sua desfiliação do DEM, onde era uma das principais lideranças nacionais, para aderir ao projeto do PSD, lançado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. A senadora explicou que decidiu deixar o DEM em busca de uma tribuna mais eficaz para defender seu ideário.

A senadora Kátia Abreu, presidente da CNA, anunciou sua desfiliação do DEM, onde era uma das principais lideranças nacionais, para aderir ao projeto do PSD, lançado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. A migração para a nova legenda deve ser oficializada hoje, em discurso no plenário do Senado.

A filiação ocorre em meio ao descrédito provocado pelo anúncio de fusão com o PSB, ideia que não vingou, e a leitura de que a nova sigla será linha auxiliar do governo. Ela garante que a fusão com o PSB jamais existiu como proposta séria e que o PSD será de oposição, mas afirma: “Oposição não é empresa de demolição: não precisa de adjetivos, mas de caráter”.

A senadora explicou que decidiu deixar o DEM em busca de uma tribuna mais eficaz para defender seu ideário. “O DEM cumpriu missão histórica admirável, viabilizando a transição democrática com Tancredo Neves e José Sarney, e garantindo a estabilidade dos três governos seguintes. Mas vive turbulência interna. Deixo o partido, mas não mudo: as ideias e objetivos são os mesmos”.

“O DEM não pratica internamente a democracia que prega externamente. Se mostra constrangido em assumir o ideário liberal” comentou Kátia Abreu. “O PSD nasce com ânimo definitivo, para ocupar um espaço que precisa ser preenchido no cenário partidário: os ideais da economia de mercado e do Estado de Direito. Será o partido da classe média, que se expandiu desde o Plano Real e hoje reúne mais de 100 milhões de brasileiros”.

Ao ser questionada se o novo partido será de centro-direita a senadora ressaltou que “essa nomenclatura está inteiramente ultrapassada. O PSD não vem estabelecer um duelo ideológico, esquerda versus direita. Não vem lutar contra, mas a favor – não do governo, mas do País. Essa classificação é falsa, anacrônica. Basta lembrar que o PT, que se define como de esquerda, aliou-se ao Partido Liberal, que estaria à direita, para eleger Lula e José Alencar em 2002”.

A presidente da CNA, diz que seu vínculo com o agronegócio é estabelece contradição com o discurso social. “Essa é mais uma falácia dos que querem atribuir aos socialistas o monopólio do bem e vilanizar seus adversários. Os produtores rurais, que tenho a honra de representar, são muito mais eficazes na erradicação da pobreza que os seus críticos. São responsáveis pela produção da melhor e mais barata comida do mundo, gerando emprego e renda”.

Ao falar sobre a relação com o PSDB, de José Serra e Aécio Neves, parceiro histórico do DEM, ela afirma que irá manter a interlocução. “Construímos etapa fundamental da história contemporânea do País, que foram os dois governos de FHC. Mas não seremos satélite de ninguém”.

A matéria é de João Bosco Rabello, publicada no jornal O Estado de S.Paulo, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. Manoel Terra Verdi disse:

    A ´Presidente da CNA tem excelente discurso, coerente, grande representante da classe. Consegue sair-se bem mesmo em situações complicadas como a que se apresenta, mudança de partido. Abandonou a nau que naufraga em tempo habil. Pode, se o presidir, dar personalidade ao novo partido. Que tenha sucesso.

    Em tempo: pena que a matéria do “estadão” não tenha sido publicada na integra. Fica a sugestão.

  2. Rubens Fernandes de Paula disse:

    PSD – DEM – PDS – ARENA – UDN – um só partido que historicamente travou muitas batalhas políticas contra o PSD – MDB – PMDB. UDN que representou o autoritarismo dos governos militares. Senadora pelo seu trabalho voce deveria mesmo sair daquele partido. Interessante será as escolhas das pessoas que comporão esse novo partido e suas bandeiras e proposições.

  3. Hussein Gemha Bianco disse:

    Senadora, o importante é a Sra continuar na luta contra os oligopólios, impostores da carne, gente que quer acabar com os pecuaristas e que não agregam nada à pecuária. À frente de tantas lutas, seu escudo tem nos ajudado, nos animado pra continuar acreditando na agronegócio do Brasil. Que seja pra melhor e pra frente!

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