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Juízes: associações definem regras

Uma reunião entre a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) e todas as associações de criadores de zebuínos (oito ao todo), dia 25 de setembro, durante a Expoinel, em Uberaba (MG), tomou importantes medidas para dar mais credibilidade ao julgamento de raças zebuínas durante exposições ranqueadas.

Uma reunião entre a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) e todas as associações de criadores de zebuínos (oito ao todo), dia 25 de setembro, durante a Expoinel, em Uberaba (MG), tomou importantes medidas para dar mais credibilidade ao julgamento de raças zebuínas durante exposições ranqueadas.

Representantes das associações de criadores de gado Nelore, Brahman, Gir, Gir leiteiro, Guzerá, Indubrasil, Sindi e Tabapuã, além da ABCZ, assinaram um documento que formaliza regras de atuação de jurados das raças zebuínas.

Uma das principais regras diz respeito à participação de juízes em eventos nos quais estes tenham algum compromisso extra-julgamento. O superintendente-técnico da ABCZ, Luiz Antonio Josahkian, explica: “O juiz não poderá julgar animais num evento se, no mesmo evento, ele estiver prestando algum tipo de assessoria técnico-comercial, como pessoa física ou jurídica.”

Comércio de animais

Outra regra aprovada foi que “em hipótese nenhuma o jurado poderá julgar ou vender animais de sua propriedade, de qualquer raça zebuína, em eventos realizados no âmbito da exposição que estiver julgando, seja como pessoa física, jurídica ou integrando condomínios”, diz o documento.

No link www.abcz.org.br/conteudos/comunicado.pdf o comunicado pode ser lido na íntegra, incluindo as punições às quais os jurados e também os eventos que desrespeitarem as regras estão sujeitos.

Conforme explica o presidente da Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB), Vilemondes Garcia, “formalizaram-se normas de conduta que já existiam, mas não estavam no papel”, diz. “Essas normas foram aprovadas por unanimidade”, diz Garcia, acrescentando que é importante a participação de todas as associações promocionais das raças zebuínas neste tipo de reunião. “As associações estão mais próximas entre elas e também com a ABCZ.”

O jurado Irineu Gonçalves Filho, membro da Comissão do Corpo de Jurados do Colégio de Jurados das Raças Zebuínas, esclarece que essas regras já haviam sido discutidas e aprovadas, há cerca de seis meses, pelos próprios jurados, no âmbito da comissão. “O que a ABCZ e as associações zebuínas fizeram foi formalizar essas regras”, diz Gonçalves Filho. “Eu, por exemplo, sou sócio de uma das mais atuantes consultorias na área de leilões de gado”, explica o jurado. “Onde há algum leilão da qual a consultoria participa, eu não julgo.”

O presidente da Associação dos Criadores de Guzerá do Brasil (ACGB), Renato Olivé Esteves, diz que sua associação “apóia integralmente as medidas”, e vai além: “Para nós, o juiz que julga não pode dar assessoria em evento nenhum. Juiz é juiz e assessor é assessor”, completa.

Fonte: O Estado de S. Paulo / Agrícola

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