Mercado Físico da Vaca – 15/09/10
15 de setembro de 2010
Mercados Futuros – 16/09/10
17 de setembro de 2010

JBS tem carne barrada na UE

A Direção-Geral de Saúde e Consumidores da Comissão Europeia (DGSanco) notificou ontem, em "alerta rápido" aos 27 países-membros do bloco, a rejeição de 49,5 toneladas de carne bovina processada exportada pela JBS. A carga, produzida na unidade de Lins/SP, foi barrada na Europa por conter níveis de resíduos "não autorizados" de vermífugos à base de ivermectina em análises laboratoriais. A empresa teve problema semelhante com lotes embarcados aos Estados Unidos no primeiro semestre de 2010. Desde o fim de maio, o mercado americano está fechado para a carne brasileira.

A Direção-Geral de Saúde e Consumidores da Comissão Europeia (DGSanco) notificou ontem, em “alerta rápido” aos 27 países-membros do bloco, a rejeição de 49,5 toneladas de carne bovina processada exportada pela JBS.

A carga, produzida na unidade de Lins/SP, foi barrada na Europa por conter níveis de resíduos “não autorizados” de vermífugos à base de ivermectina em análises laboratoriais. A empresa teve problema semelhante com lotes embarcados aos Estados Unidos no primeiro semestre de 2010. Desde o fim de maio, o mercado americano está fechado para a carne brasileira.

Procurada, a JBS afirmou que não poderia comentar o assunto por desconhecer o alerta europeu.

A DGSanco informou que a empresa foi notificada nove vezes da irregularidade nos últimos três meses. O informe da comissão afirma que as autoridades brasileiras também foram alertadas 10 vezes nos últimos seis meses sobre os problemas. Antes da rejeição da carga, que era destinada a Gotemburgo (Suécia), foram analisadas quatro amostras de “carne congelado” no Laboratório Federal de Segurança Alimentar, em Antuérpia, na Bélgica. O lote estava sendo distribuído pela empresa Toledo International.

No governo, a situação da unidade industrial de Lins é considerada “delicada”. Uma missão veterinária dos EUA está no Brasil há duas semanas para avaliar questões sanitárias dos principais frigoríficos exportadores. Na semana passada, a missão passou um “pente fino” nos laboratórios credenciados pelo governo.

A avaliação, até aqui, foi positiva. Os veterinários visitaram plantas industriais do Minerva e da Marfrig. Técnicos do governo que acompanham a visita avaliam que a missão dos EUA não detectou “nenhuma inconformidade” nessas instalações. Outra unidade do JBS também teria passado nos testes rigorosos dos americanos. Mas a planta de Lins, principal foco dos problemas detectados nos EUA, está sofrendo uma “inspeção mais rigorosa” do que o normal em situações como essas, asseguram fontes do setor.

Governo e dirigentes do setor estão “muito apreensivos” com as medidas que podem ser tomadas após a conclusão da missão técnica dos EUA. A planta poderia ser descredenciada por tempo indeterminado de embarques aos Estados Unidos. Procurada ontem pela reportagem para tratar do assunto, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) preferiu não comentar o tema.

Os exportadores vêm sofrendo restrições sanitárias nos principais mercados importadores de carne bovina. Há problemas com a UE, EUA, Rússia e Irã. Os problemas vão desde questões comerciais, passam por divergências sanitárias e desaguam em assuntos políticos, como no caso Irã. O governo brasileiro tem tentado, sem sucesso até aqui, resolver os impedimentos para a exportação da carne.

A matéria é de Mauro Zanatta, publicada no Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. joao jacintho disse:

    problema, cuidado , o custo e alto.quebrar e assim q comeca.

  2. Ana Paula dos Santos Silva disse:

    lamentavel…

  3. Fernando Luiz Pracidelli disse:

    Ué??? JBS não é o ban ban ban??? disseram que o mundo é pequeno pra eles!!!

    ENTÃO VAI VENDER CARNE NA LUA!

    Não conseguem nem administrar o que está em baixo do seu nariz imagine lá fora!

    Cuidado, cheiro de surpresas no ar…. DANGER!!

  4. Jefferson Queiroz de Andrade disse:

    Tenho certeza que serão resolvido e esclarecido junto com o bloco Internacional.
    Qualidade e excelência é uma marca do grupo JBS-FRIBOI.

  5. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    Tivemos problemas com níveis de resíduos em carnes exportadas para o USA, Russia e agora UE. A situação é séria. Espero que o MAPA esteja analisando os casos e tomando as medidas cabíveis. Não podemos por em risco mercados duramente conquistados. Este não é um problema que atinje apenas os frigoríficos. Afeta toda a cadeia produtiva.

  6. luis bernardo mendes disse:

    os frigoríficos tem que tomar mais cuidado tem que ter responsabilidade os consumidores não são lata de lixo que aceita qualquer coisa, e é uma questão de saúde e saúde não se brinca, a jbs é uma empresa respeitada tem que resolver isto o mais rápido que puder eles não pode ficar levando este tipo de prejuízo e sujando o nome do país.

  7. Jorge Humberto Toldo disse:

    Acho que já passou da hora de cada um repensar seu papel na cadeia produtiva. A indústria que busca “eficiência” a qualquer custo…. O pecuarista que deve respeitar os prazos, carências, dosagen, etc…. e a indústria que deve aperfeiçoar seus controles, recontratando aqueles profissionais competentes que perderam seus empregos para outro mais barato, e assim por diante na administração, etc, etc…

    Resumindo, economia na base da porcaria vira isso. Estamos perdendo, ou baixando o profissionalismo, em busca de lucro, quando não da sobrevivência, o que é pior.

  8. Geórgio Freesz Valadares disse:

    Na pressa de vender, deve ter gente por ai esquecendo de checar as planilhas…..

  9. Thales Loureiro disse:

    Quem tem dinheiro nao quebra, ele trupica mais nao cai…

  10. Adriano Gutierrez disse:

    Se isso for verdade mesmo, ou seja por uma questões “comercial”. O pecuárista está tando um tiro no seu próprio pé, o frigorífico precisa desenvolver um mecânismo para detectar esse resíduo quando o boi ainda esta no abate, Hoje nos laticinios existem testes rápidos e sustentáveis para detectar o leite com resíduo de antibióticos e quando positívo o produto é devolvido para a origem, também acredito q os laboratórios precisam trabalhar duro nesta questão e desenvolver produtos com menor tempo residual ou até sem resíduo. Lembrando que os sintomas para quem consome um produto com resíduo de antibiótico são: fortes dores no corpo, tontura, comprometimento da fora intestinal, dores de cabeça e o pior, alguns antibioticos são cancerígenos. O consumidor precisa de alimentos saldáveis, nutritivos e acima de tudo, seguro.

  11. Fábio Augusto Simão Miquilin disse:

    O problema da ivermectina é do frigorífico ou dos senhores pecuaristas???

  12. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    Caro Fabio Miguilin,

    Abordou um aspecto importante. Os pecuaristas devem respeitar as carências dos medicamentos utilizados. E os frigoríficos devem fazer análises na carne para constatar se os níveis de resíduos estão dentro do permitido. A responsabilidade é de ambos.

    Att,

  13. Luciano Abrão Fagundes disse:

    Amigos

    A lebre foi levantada no caso com os EUA, e agora com a UE, e daqui alguns dias aparece outro.
    Nós do campo e também o frigorífico precisamos tomar muitíssimo cuidado com resíduos…devemos respeitar as carências…..estamos esquecendo que também somos consumidores do que produzimos.
    E enquanto os frigoríficos não passarem a ter os pecuaristas como parceiros…muitas coisas andaram erradas. pois hoje será que somos parceiros ou o que dos frigoríficos!!!

  14. Leonardo Barros Corso disse:

    Lamentável… imaginem o que é consumido no mercado doméstico!!
    Deve estar mantendo a população brasileira livre de parasitas.
    É triste ter que fazer piada com um assunto tão sério. O governo tem que dar mais atenção a inspeção e vigilância sanitária dos alimentos, não só para garantir mercados, mas também para garantir a saúde dos consumidores.

  15. Marco Antônio Guimarães Marcondes disse:

    Enquanto existir esta briga de gato e rato todos perdem. Os concorrentes estão adorando pegar a nossa fatia neste mercado tão concorrido. Os que possuem uma visão profissional e são organizados superam os amadores e desorganizados. Esta é a hora da aproximação e organização da cadeia. Aonde está o RT da pecuária para orientar e acompanhar o tratamento sanitário dos animais, registrando a aplicação e controlando a carencia dos medicamentos na liberação dos animais para embarque? Esta figura não existe, o sistema não valorizou este profissional. Os fatos acontecem e são contabilizados os prejuízos. Este prejuízo será rateado por todos. Precisamos da Educação Sanitária no campo urgente!!!

  16. Everton Luiz Reis disse:

    Uma consequencia desse problema é que o MAPA está refazendo todos os testes de residuos e eficácia dos endectocidas brasileiros. Essa renovação e reteste custa um absurdo de caro e muitas fábricas de endectocidas de fundo de quintal fecharão. Também essas marcas baratas sem controle, padrão e eficácia serão reprovadas e sairão do mercado. BELA ATITUDE DO MAPA..

  17. Durval Martins da Silveira disse:

    O produtor brasileiro precisa entender a importancia do médico veterinário no campo,esse profissional precisa fazer parte do conjunto do processo operacional da propridade rural.Até poucos anos atrás não se achava necessário,mas hoje o Brasil é o maior exportador mundial de carne bovina e no entanto as coisas na fazenda continuam como antigamente,ñ minha gente!Exportar é uma etapa adiante e sse profissional dá um respaldo muito grande ao produtor e ao mercado como todo, no que tange a qualidade,sanidade.
    A pecuária precisa mirar os exemplos da agricultura e sua relação com Agronomia,são siamesas.
    Essas coisas de resíduos na carne é uma situação que poderá cada vez mais estar presente ,pois os laboratórios estão pruzindo drogas cada vez mais potentes,ou seja c efeitos mais prolongados;são coisas relativamente simples,mas que um peão de campo não possui conhecimento necessário p que isto ñ ocorra e que lá fora nos acarreta grandes prejuízos:sanitários,comerciais,morais e outros ou seja estamos fazendo tudo que os nossos cocorrentes querem,”dando um tiro no própio pé” .

plugins premium WordPress