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JBS: Pilgrim’s faz acordo em caso de cartel do frango nos EUAe pagará multa de US$ 110 milhões

A JBS informou na madrugada desta quarta-feira (14) que a Pilgrim’s Pride, subsidiária com ações listadas na Nasdaq, firmou um acordo com a Divisão Antitruste do Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DoJ). 

A Pilgrim’s Pride, uma das principais divisões de negócios da JBS, pagará uma multa de US$ 110 milhões (o equivalente a R$ 615 milhões) no âmbito das investigações sobre um cartel de frango nos Estados Unidos.

As concorrentes americanas Tyson Foods e Sanderson Farms também são investigadas pelo DoJ. O concluio para combinar preços teria ocorrido entre 2011 e o início de 2019.

As investigações do órgão antitruste americano vinham avançando. Na semana passada, o DoJ comunicou o indiciamento de mais seis pessoas, incluindo Bill Lovette, que foi CEO da Pilgrim’s entre 2011 e 2019. 

Jayson Penn, substituto de Lovette na subsidiária da JBS, também já havia sido indiciado. Em junho, ele se licenciou do comando da Pilgrim’s para se defender das acusações. 

De acordo com a JBS, o acordo feito pela Pilgrim’s ainda está sujeito à aprovação da Corte Distrital do Estado do Colorado. 

Em fato relevante, a companhia brasileira informou que o acordo envolve restrições à competição que afetaram três contratos de venda de produtos de carne de frango de corte a um cliente nos EUA.

O acordo não recomenda monitoramento, restituição ou período de condicional, e prevê que a Divisão Antitruste não apresentará acusações adicionais contra a Pilgrim’s com relação ao tema do acordo. 

A multa de US$ 110 milhões será registrada no balanço da Pilgrim’s do terceiro trimestre como “despesas diversas”. 

Outras investigações 

Nos EUA, o setor de frango não é o único alvo das investigações antitruste. Em junho, a agência Bloomberg informou que o DoJ pediu informações às quatro maiores indústrias de carne bovina: Cargill, JBS USA, Tyson Foods e National Beef (controlada pela brasileira Marfrig Global Foods). 

Não há detalhes sobre esse inquérito, mas a investigação teria sido aberta após o pedido de um grupo de Estados americanos. Nos EUA, as quatro empresas concentram 80% dos abates de bovinos, o que preocupa pecuaristas sobre o poder de precificação dessas companhias. 

Na ocasião do pedido feito pelo DoJ, a National Beef informou à Bloomberg que “a solicitação era de escopo muito restrito, o que nos leva a acreditar que o Departamento de Justiça não necessariamente acredita que haja uma questão antitruste

Fonte: Valor Econômico.

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